Activistas pro-vida dos Estados Unidos e outros países concentram-se na próxima semana em Lisboa, em defesa de um referendo que acreditam poder levar a uma proibição do aborto na Constituição, tal como acontece na Irlanda.
«Acho que Portugal pode ser próximo país a respeitar o direito à vida, desde o momento da concepção até à morte natural», disse à Lusa em Nova Iorque Josh Craddock, coordenador internacional da associação «Parenthood USA» («Paternidade EUA»), responsável pelo evento em Lisboa.
Promovendo legislação e emendas constitucionais contra o aborto em todos os casos, mesmo de malformação do feto ou violação, a associação de origem cristã está representada em todos os Estados norte-americanos e ligada a uma rede internacional pró-vida.
«Não nos compete a nós julgar as qualidades de vida de alguém e determinar se devem viver ou morrer. Achamos que todos têm o direito fundamental à vida, desde a concepção», afirma.
Entre 4 e 5 de Maio, o evento de Lisboa, organizado pela Parenthood USA, Human Life International e o LIfeSiteNews.com, irá juntar activistas norte-americanos, portugueses, da Republica Dominicana, Hungria, México, Roménia e Irlanda.
É também uma forma de apoiar os activistas portugueses, que têm vindo a tentar lançar um referendo nacional sobre a questão, tendo recolhido quase metade das 75.000 assinaturas necessárias.
«Ouvimos falar da campanha deles aqui nos Estados Unidos e é muito semelhante ao que fazemos, temos também iniciativas para recolher assinaturas para acrescentar emendas constitucionais para proteger vida no momento da concepção», afirma o responsável da Parenthood.
Craddock aponta como sucessos recentes do movimento a nova constituição na Hungria, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, que afirma que «a vida de um feto será protegida desde o momento da concepção», a Polónia que «está a alguns votos de banir completamente o aborto», a nível constitucional, mas também «enormes manifestações» pró-vida na Roménia.
O jovem norte-americano afirma mesmo que o movimento pró-vida para «reconhecer os direitos de todos os seres humanos» vai «mudar o curso do século», tal como a abolição da escravatura há 200 anos.
Keith Mason, Presidente da Personhood USA, afirma que «esta cimeira global pró-vida é uma oportunidade para crescer e estabelecer parcerias na defesa da vida humana.»
«O movimento internacional pro-vida é normalmente menosprezado e não detém muitos lugares de poder. Mas falamos a linguagem das pessoas, especialmente nos países em vias de desenvolvimento, precisamente aqueles que se encontram na encruzilhada do controlo populacional massivo», acrescenta Stephen Phelan, da «Human Life International».
Sem comentários:
Enviar um comentário