quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Colheita de Sangue Dia 24 de Fevereiro



Colheita de Sangue no Dia 24 de Feveiro de 2012 entre as 9 horas e as 13 horas no Posto Fixo da ADASCA, localizado no 1º. Piso do Mercado Municipal de Santiago. 

Em Março vão decorrer nos seguintes Dias 3, 9, 17 no Posto Fixo da ADASCA.

Dia 23 de Março no Agrupamento de Escola de São de Loure, Dia 28 de Março – Renault de CACIA (limitada aos funcionários), Dia 31 de Março – Pavilhão dos Galitos, Companhia de Fitness, (zona da Forca - Comemoração do Dia Nacional do Dador de Sangue, a realização de uma Feira da Saúde).

O sangue é um dos elementos muito importante para a vida, a sua aquisição tem que vir do homem, já que sem o homem não há sangue nos hospitais e para nós é um gesto de agradecer/louvar.

Mesmo com todos os avanços da ciência, ainda não existe nada que possa substituir o sangue humano. Nem todas as descobertas e evolução da ciência conseguiram reproduzir este bem precioso que pode ser considerado o verdadeiro nesta vida. 

Diariamente, milhares de pessoas, em todo o mundo, dependem de um gesto solidário para poder sobreviver: Uma Dádiva de Sangue.

Mesmo sendo produzidas gratuitamente no organismo humano, poucas são as pessoas que se dispõem a dividir esta dádiva com outras pessoas. A solidariedade então possa a ser um bem tão precioso como o sangue.

A grande motivação para doar sangue, é a continuidade da vida. É você doar e continuar tendo sua saúde, podendo dividi-la com outra pessoa.

Realçamos o lado positivo  da doação, suas vantagens para o doador e para a sociedade e que doar com frequência é uma reafirmação de boa saúde física e emocional.

Condições Básicas para Doar Sangue

Estar bem de saúde.
Trazer bilhete de identidade versus cartão de cidadão.
De 18 anos e menos de 65 anos.
Primeira doação ate 60 anos
Pesar mais de 50 kg.
Não convém estar de jejum, convém tomar o pequeno-almoço normalmente.
Evitar apenas alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação.
Não ser consumir de drogas.
Não ingerir bebida alcoólica nas ultimas 12 horas
Não estar grávida nem amamentando.
Não ter doado nos últimos 60 dias (homens) 90 dias (mulheres)
Não ter tatuagem ou piercings com menos de 1 ano
Não ter tido contacto sexual com pessoas que tenham situação de risco acrescido para AIDS e DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
O doador  recebera  uma declaração  justificando a sua falta do trabalho no dia da dádiva.

Dar e aceitar: dois gestos que resumem a vida humana e lhe dão um sentido redobrado. Compareçam... tragam um(a) amigo(a), nunca somos de mais.

Joaquim Carlos
Presidente da Direcção da ADASCA
Telem: 964 470 432
NB: consulte as nossas revistas Tribuna da ADASCA no nosso site.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Governo deve ouvir o Cardeal: mãe há só uma


Manuel Tavares, Director do JN









O novo cardeal português foi ao fundo da questão europeia: a relação da mãe com a família e o trabalho. Para alguns será muito fácil colocar as etiquetas de conservador ou mesmo de reaccionário a D. Manuel Monteiro de Castro por, na entrevista que concedeu ao JN, ter dito sem papas na língua o seguinte:

«O trabalho da mulher a tempo completo creio que não é útil ao País. Trabalhar em casa, sim, mas que tenham de trabalhar pela manhã até à noite creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar, como vai ter tempo para formar?».

E, no entanto, vejamos...

Ainda não há no mundo sítio com melhores condições de vida que o nosso velho continente: o modelo social europeu permanece imbatível. Mas está claramente ameaçado. E se um optimista como eu pode sempre acreditar que haveremos de superar a ameaça resultante da crise financeira, outra tanta dose de fé não chegará para eliminar a ameaça demográfica.

Ou seja: mesmo que a Europa resolva os seus problemas de competição no quadro do comércio mundial e o faça salvaguardando os salários pela redistribuição da riqueza, vai ser preciso que, para além das religiões, das ideologias e das práticas sociais, o cidadão renuncie ao conforto da responsabilidade mínima. A sua própria por natureza e a da eventual alma gémea com quem decida partilhar a aventura da vida comunitária.

Com a taxa de natalidade em queda vertiginosa em Portugal e na Europa não podemos esperar que o nosso modelo social sobreviva. Perceber que esta é a questão essencial, muito mais importante que as circunstâncias da crise, é o passo indispensável para termos uma atitude diferente em relação ao núcleo da nossa organização social: a família.

Salvar este nosso modelo de vida, com todas as heterodoxias que ele permite, significará sempre revalorizar a natalidade. E a primeira consequência desta revalorização será a de dar condições para que os pais que assim o pretendam possam ter mais filhos.

Este ponto é tão mais sério e tão mais decisivo para as gerações que as sérias dívidas soberanas, e seria imperdoável que falhássemos. Porque só depende de nós e do que possamos pensar para além do puro prazer de ter um único filho. Ou nenhum.

Acontece que do plano da cidadania para o da prática social, por mais cardeais que nos alertem, terão de ser os políticos a garantir-nos a sobrevivência do nosso modelo social europeu.

No que me toca, atrevo-me a dar-lhes um conselho: antes de pensarem em novas leis laborais, perguntem às mães que não podem fugir a despejar os filhos de seis meses em infantários.

O Aborto é o cúmulo da violência doméstica

Fernando Castro, entrevistado no Diabo por João Filipe Pereira

«Barrigas de aluguer só interessam à esquerda caviar»
     


Em Portugal há 5 mil famílias com três ou mais filhos registadas na Associação Portuguesa de Famílias Numerosas. Fernando Ribeiro e Castro é o seu presidente. Em entrevista a O DIABO, o homem que defende os interesses das famílias grandes é fulminante no ataque que faz à «Esquerda caviar», às políticas do Governo e aos «totós» do CDS, PSD e PS.

O Diabo -- Recentemente voltou-se a falar da necessidade de rever a lei do aborto e há mesmo quem defenda a necessidade de um novo referendo. Enquanto presidente da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), considera urgente essa alteração?

Fernando Ribeiro e Castro -- Nós estamos e sempre estivemos contra o aborto. O aborto mais não é que o matar de um bebe e nós somos a favor da vida. Este é, sem dúvida, o cúmulo da violência doméstica, o matar de um filho no lugar mais seguro que a Natureza criou: a barriga da mãe. Portanto, o que está errado não são as políticas ou os políticos. O que está mal são as leis que permitem tal acção. Porque, quando a vida humana passa a ter um valor relativo, todo o sistema gerativo cai por terra. É nossa missão, enquanto adultos responsáveis, defender os mais fracos. E os mais fracos na sociedade são os idosos e as crianças. E fácil de concluir que esta é uma lei iníqua. Uma lei que nasce de um referendo onde se descriminaliza o aborto e não a mulher. Uma lei que resulta hoje em situações absurdas como a do Estado, através dos contribuintes, oferecer, além do aborto em si, a viagem até ao Hospital à mulher que o vai fazer. Pior: até oferece o subsidio de maternidade. Tudo isto numa época em que o Estado não está a assegurar os cuidados básicos aos portugueses -- que estão a pagar cada vez mais taxas moderadoras.

Considera igualmente absurdo o debate social so¬bre as barrigas de aluguer?

Mas que debate social? Não há debate social. Houve sim uns meninos do Bloco de Esquerda mais uns meninos da Juventude Socialista e uns «totós» do PSD e CDS que foram atrás. Estes últimos tiveram a dignidade de depois recuarem. A sociedade está preocupada com os problemas do dia-a-dia, está preocupada em sobreviver... Não quer saber disto para nada. Os únicos interessados são os elementos de uma "Esquerda caviar". O facto de haver meninos no Bloco que não estão aflitos, ao contrário dos restantes portugueses, não significa que percam o tempo a pensar em disparates. Que vão jogar às cartas ou que se dediquem à pesca. E por favor, o PSD e o PS que não vão atrás da «Esquerda caviar» de cada vez que eles se lembram destas parvoíces.

As famílias portuguesas continuam a preferir comprar um carro a ter um filho?

Isso era antes. O paradigma alterou-se com esta situação financeira e econômica - da qual Portugal é uma grande vítima. Os políticos andam distraídos e não estão a tomar as políticas correctas. Estamos a registar uma redução da população activa, o que resulta numa quebra do consumo, que por sua vez tem consequências no número de desempregados, que por sua vez acelera a crise... Vamos esperar que as suas políticas olhem mais para o País. O Estado Social foi inventado com a ideia que uma geração cria uma geração com mais habitantes. O que permitiria pagar a sua dívida. O irónico é que a geração que inventou o Estado Social deu um tiro no pé ao criar uma geração mais pequena. O Estado Social foi á vida.

A APFN, neste cenário, tem tentado sensibilizar a classe política para os problemas da família?

O objectivo da APFN é reunir as famílias na luta contra este Estado e as suas políticas anti-natalistas. Este Governo que agora tomou posse está a ser pior que o de José Sócrates. Como é possível não terem em atenção a dimensão da família no calculo dos diversos impostos? Estão a penalizar as famílias que contribuem para a renovação de gerações. Os municípios ainda são o garante de uma politica a pensar nas famílias, pois necessitam de travar a desertificação e o abandono dos concelhos.

Ao Governo só pedimos justiça e equidade. Há anos que alertámos o Governo e o Parla-mento para a aldrabice dos nú¬meros que estavam a ser torna¬dos públicos. Guterres garantiu, no seu tempo, que a Segurança Social estava garantida. Há dois anos, Sócrates garantiu o mesmo...

A verdade é que está novamente em causa a Segurança Social e o próprio País. Perdemos 1 milhão e 200 mil crianças e jovens nos últimos anos. Actualmente existem cerca de 40 mil professores sem colocação. Faça as contas, se não tivéssemos perdido população teríamos emprego para dar aos professores.

Veja o caso das maternidades. Se não há nascimentos, para quê maternidades abertas em que temos excelentes profissionais sem um único parto para fazer? Qualquer dia o Governo terá que se decidir no que respeita à Guarda, Covilhã e Castelo Branco - todas estas cidades ainda têm maternidades abertas.

Já reuniram com o Governo?

Sempre que há mudança de Governo nós pedimos audiências. Já fomos ouvidos pelo CDS, pelo PSD e pelo PS. Pedimos audiência ao primeiro-ministro, ao ministro das Finanças, ao ministro da Educação, ao ministro da Saúde e ao ministro da Solidariedade Social. Apenas conseguimos uma reunião com o secretario de Estado dos Assuntos Fiscais e dessa reunião não saiu nada.

As famílias numerosas, na sua maioria, não são ricas nem pobres, mas como é que é pos-sível sobreviver quando vemos o preço da electricidade a subir para os 23 por cento de IVA, quando a electricidade é um bem de primeira necessidade. Bem, da conta da EDP apenas um terço é para a electricidade. O restante prende-se com Custos de Interesse Económico Geral, seja isso o que for.

Não compreendemos as políticas deste Governo.