sábado, 3 de janeiro de 2015


1964 versus 2012


Situação: O fim das férias.

Ano 1964:
Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, ou passar esses 15 dias na praia do Castelo do Queijo, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.

Ano 2012:
Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira.


Situação: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.

Ano 1964:
Não se passa nada.

Ano 2012:
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.


Situação: O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.

Ano 1964:
O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.

Ano 2012:
A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.


Situação: O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.

Ano 1964:
Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.

Ano 2012:
A escola é encerrada. A SIC proclama o mês anti-violência escolar, o Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar uma equipe de reportagem à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.


Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas.

Ano 1964:
Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.

Ano 2012:
Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.


Situação: O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.

Ano 1964:
O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.

Ano 2012:
Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.


Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.

Ano 1964:
Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.

Ano 2012:
A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso.


Situação: Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado «chocolate» ao outro.

Ano 1964:
Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa.
Amanhã são colegas.

Ano 2012:
A TVI envia os seus melhores correspondentes. A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.


Situação: Fazias uma asneira na sala de aula.

Ano 1964:
O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque «alguma deves ter feito».

Ano 2012:
Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.






Os Reis Magos seguem a estrela






quarta-feira, 31 de dezembro de 2014


Cancro sem saber como!!!



É assim que ficamos com cancro sem saber como!!!


Johns Hopkins – Cancer News from Johns Hopkins

Nenhum recipiente de plástico no micro-ondas.
Nenhuma garrafa de plástico no frigorífico.
Nenhuma cobertura de plástico no micro-ondas.
Dioxina causa cancro, especialmente o da mama.
Dioxinas são altamente venenosas para as células do nosso corpo. Não ponham água em garrafa de plástico no frigorífico, isso liberta a dioxina do plástico.
Recentemente, Edward Fujimoto, Gerente do Programa Wellness, no Castle Hospital, esteve num programa de TELEVISÃO a explicar esse perigo. Ele falou sobre a dioxina e como ela é perigosa para nós.
Ele disse que não devemos aquecer a comida em recipientes de plástico no micro-ondas.
Isso aplica-se especialmente a comidas que contêm gordura.

Ele disse que a combinação de gordura e calor  liberta a dioxina do plástico na comida e, finalmente, nas células do nosso corpo...
Ao invés, ele recomenda usar vidro, como Pyrex, ou recipientes cerâmicos para aquecer comida... Tem os mesmos resultados, só que sem a dioxina. Coisas como comida instantânea, sopas, etc., devem ser removidas da embalagem e aquecidas em qualquer outro recipiente.

Papel não é mau, mas não se sabe o que ele contém. É mais seguro usar vidro temperado, etc.
Ele recordou que, há algum tempo, alguns restaurantes de fast food eliminaram os recipientes de espuma para embalar.
O problema da dioxina é uma das razões.
Também demonstrou que aquela película de plástico também é perigosa quando posta sobre comidas para cozinhar no micro-ondas. O calor faz as toxinas venenosas derreterem-se e saírem do plástico, pingando na comida.
Em vez disso, deve tapar-se a comida com uma toalha de papel.






terça-feira, 30 de dezembro de 2014


A rapina dos bancos agrava-se em 2015

Custo mínimo de conta à ordem passa para 61,8 €


Economia e Finanças

O ano de 2015 trará uma novidade bancária: a conta-base. Se tem várias contas à ordem em vários bancos e não tem por hábito realizar regularmente operações de levantamento de dinheiro ao balcão fique a saber que o seu custo mínimo de conta à ordem passa para 61,8 € em 2015, subindo de um valor que poderá hoje corresponder a zero ou à anuidade do cartão de débito que possa ter associado à conta. Segundo uma análise do Jornal de Negócios a que tivemos acesso, o custo com o cartão de débito nos bancos nacionais andará entre os cerca de 8 € e os 15 €.

O que está em causa é adopção por parte dos bancos da adopção da recomendação do Banco de Portugal, publicada em Março de 2014, na qual se define uma conta-base que, entre outras características padronizadas, deve deixar de diferenciar as comissões de manutenção de acordo com os saldos médios em conta substituindo essa lógica por uma comissão fixa e um pacote de serviços comparáveis.

Para já esta conta-base e o seu preçário associado será implementada em breve pela Caixa Geral de Depósitos e pelo Crédito Agrícola (pelo menos) podendo em breve, caso o governo converta a recomendação em obrigação, ser alargado a todos os bancos.

O que vai acontecer, na prática, com a conta-base?

Na prática o que vai acontecer é que independentemente dos saldos médios, as contas terão um custo mensal associado de 5,15 € (os tais 61,8 € de que falamos no título e que já incluem o respectivo imposto de selo). Esta conta-base com este custo inclui o seguinte pacote de serviços, sugerido pelo Banco de Portugal, a saber:

  • Serviços relativos à constituição, manutenção, gestão e titularidade de conta de depósito à ordem;
  • Titularidade de um cartão de débito por cada titular da conta;
  • Acesso à movimentação da conta através de caixas automáticas, serviço de homebanking e balcões da instituição de crédito;
  • Operações incluídas: depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos directos e transferências intrabancárias nacionais (que poderão não ser gratuitas em alguns casos);
  • Os levantamentos realizados em qualquer dos balcões da instituição de crédito podem ser limitados ao número de três levantamentos no decurso do mesmo mês.
As isenções desaparecem todas?

Depende, é possível que os bancos estabeleçam que o envolvimento a nível de outros produtos determine isenções a esta comissão. Por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos que já está a avisar os seus clientes do novo preçário que entra em vigor a 5 de Janeiro define uma hipótese de isenção:

Segundo a CGD ficam isentas:

Contas de depósitos à ordem com aplicações associadas(*), independentemente do montante das mesmas em cada conta, desde que pelo menos um dos titulares tenha Património Financeiro(*) com saldo médio mensal igual ou superior a € 3.500 no somatório dessas contas. Ficam, portanto, excluídas apenas para efeito deste critério de isenção de património financeiro as contas DO que não tenham aplicações associadas.

(*) depósitos a prazo, depósitos de poupança, depósitos classificados como produtos financeiros complexos, obrigações emitidas pela Caixa, fundos geridos por empresa do Grupo Caixa e seguros financeiros, contratados na rede Caixa.

Quem fica mais beneficiado/penalizado com a conta-base?

Os clientes não isentos no regime actual que tenham saldos médios elevados nas contas, provavelmente serão os principais prejudicados caso não consigam atingir as novas condições de isenção que os seus bancos possam eventualmente criar. Poderão inclusive ter um incentivo para encerrar as contas e concentrar as suas operações caso tenha contas dispersas.

Entre os principais beneficiados estarão os que não estavam isentos e/ou os que procediam habitualmente a levantamentos frequentes ao bancão que eram pagos. Agora passam a poder efectuar três levantamentos mensais gratuitos o que pode representar uma poupança significativa.

O que recomendamos?

Recomendamos que esteja atento às alterações dos preçários do banco ou bancos onde tenha contas à ordem sem condições especiais (como acontece com as contas-ordenado) pois poderá ter uma surpresa desagradável em termos de custos. Confirme junto do seu banco se tem uma conta com condições especiais (ser conta ordenado é garantia suficiente para evitar estas comissões?) e actue de acordo com as indicações que receber. Será sempre mais aconselhável actuar preventivamente do que reagir a um custo surpresa que lhe seja debitado da conta.

Por outro lado recomendamos considerar se não lhe será mais útil e económico migrar para uma conta de serviços mínimos bancários, um tipo de conta que continuará a existir e que terá um custo máximo anual equivalente a 1% do salário mínimo nacional, ou seja, de 5,05 € em 2015 garantindo os seguintes serviços:
  • abertura e manutenção de uma conta de depósito à ordem – a conta de serviços mínimos bancários;
  • disponibilização de um cartão de débito para movimentação da conta;
  • acesso à movimentação da conta de serviços mínimos bancários através de caixas automáticos, serviço de homebanking e balcões da instituição de crédito; e
  • realização de depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos directos e transferências intrabancárias nacionais a partir da conta de serviços mínimos bancários.




domingo, 28 de dezembro de 2014


Overton: como aceitar uma coisa intolerável



Cristina Mestre

Muitos de nós conhecem os métodos através dos quais os políticos e os seus assessores de imprensa influenciam a opinião pública. Digamos que isso já é um dado adquirido nas chamadas democracias ocidentais e, por isso, por vezes somos cépticos em aceitar propostas políticas, que tantas vezes são criadas artificialmente nos gabinetes das empresas de assessoria.

Ora essas «tecnologias» parecem brincadeiras de crianças comparadas com uma relativamente recente (desenvolvida nos anos 90) que tem por objectivo tornar aceitável na sociedade algo que, antes, era totalmente inaceitável e intolerável.

Trata-se da Janela de Overton, um modelo de engenharia social criado por Joseph P. Overton (1960–2003), ex-vice-presidente de um think tank norte-americano chamado Mackinac Center for Public Policy (Centro Mackinac para Políticas Públicas).

Overton criou um modelo para demonstrar como um pequeno grupo de pensadores, (think tank) pode mudar de forma intencional e gradual a opinião pública. A Janela de Overton é o conjunto de ideias «aceitáveis» num dado momento na sociedade.

A gradação das opiniões da sociedade em relação a determinado tema vão desde:

Intolerável (impensável);
Radical;
Aceitável;
Sensato;
Consensual;
Consagrado em políticas públicas.

Esta gradação corresponde a uma outra: proibido, proibido com ressalvas, neutro, permitido com ressalvas, permitido livremente.

Os think tanks constituem conjuntos de pessoas que produzem e divulgam opiniões fora da Janela de Overton com a intenção de tornar a sociedade mais receptiva a tais ideias e políticas públicas.

Quando esse grupo de fazedores de opinião quer promover uma ideia que está fora do que a opinião pública considera razoável, ou seja, que a sociedade não aceita, ele pode adoptar uma série de procedimentos graduais que farão as pessoas mudar completamente de ideias em pouco tempo.


Assim, através da sua acção nos media, vai-se introduzindo no discurso público ideias a princípio consideradas inaceitáveis, radicais, impossíveis de implementar, mas que, com a sua exposição ao público, passam de inaceitáveis a toleráveis e, posteriormente – na última fase – são consagradas na legislação.

Aplicando o modelo à vida política, constata-se que numa sociedade existe um conjunto de temas políticos que não causam polémica, ou seja, de entre todas as políticas públicas possíveis, há um conjunto delas que é aceite pela maioria da população sem que haja grandes debates. Esta é a Janela de Overton.

Como já dissemos, a posição da janela não é imutável, sendo que ela pode ser manipulada para introduzir novos temas ou mesmo excluir temas que já foram aceitáveis. Os políticos que desejem ter mais hipóteses de ser eleitos apenas devem assumir posições políticas que se encaixem dentro da Janela de Overton.

Para entender como a opinião pública pode ser mudada gradualmente costuma-se usar o exemplo do casamento gay (e também da eutanásia infantil). Durante anos, a Janela de Overton esteve na área do proibido, a sociedade não podia aceitar a ideia do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com a constante exposição dos argumentos pró-gay nos media, a janela foi-se deslocando para proibido com ressalvas, depois para neutro, até chegar onde está hoje: permitido com ressalvas. Em breve será permitido livremente. Para que haja o deslocamento da Janela de Overton para posições que sejam de interesse de determinados grupos é aplicado um esforço altamente profissional, que faz parte do que se convencionou chamar de engenharia social. Este esforço é assegurado por um enorme número de especialistas em opinião pública: técnicos, cientistas, assessores de imprensa, relações públicas, institutos de pesquisa, celebridades, professores, jornalistas, etc..

Muito curioso é o facto de tais temas (casamento gay, eutanásia) já não nos causarem estranheza. Como se viu, eles já passaram por todo o processo de conversão de «inaceitável» em «consagrado na legislação».

Mas um conhecido cineasta russo, Nikita Mikhalkov, no seu vídeo-blog Besogon. TV, propõe-nos, para compreender melhor este processo, um tema que ainda é intolerável na sociedade: o canibalismo.

Creio que o facto de ter escolhido uma prática que hoje é totalmente proibida e inaceitável facilita a nossa compreensão de como as coisas se processam ou poderão processar. Há ainda outros temas que hoje a sociedade não tolera mas que pode vir a tolerar, como a eutanásia infantil ou o incesto.

Segundo ele, o deslocamento da Janela de Overton no que toca ao canibalismo poderá passar pelas seguintes etapas:

Etapa 0 – É o estado actual, o tema é inaceitável, não se discute na imprensa ou em geral entre as pessoas.

Etapa 1 – O tema passa de «completamente inaceitável» para apenas «radical». Alegando que deve haver liberdade de expressão e que não deve haver tabus, o tema começa timidamente a ser discutido em pequenas conferências, onde se obtém uma declaração de um cientista respeitável, promove-se o debate «científico». É criada, digamos, uma Associação de Canibais Radicais, que passa a ser citada nos media. Aqui o tema deixa de ser tabu, é introduzido no chamado espaço informativo.

Etapa 2 – O tema do canibalismo passa de «radical» para a área do «possível». Os cientistas continuam a ser citados, é criado um nome elegante: já não há canibalismo mas sim, por exemplo, «antropofagia». Posteriormente este termo passa também a ser considerado ofensivo e a prática começa a ser designada, suponhamos, por «antropofilia». O objectivo é desligar a forma da designação do seu conteúdo. Paralelamente é criado um precedente histórico de apoio. Pode ser um facto mitológico, um facto actual ou apenas inventado mas, o mais importante, é que contribua para legitimar a prática. O principal objectivo desta etapa é retirar parcialmente a «antropofagia» da ilegalidade, nem que seja num único momento histórico.

Etapa 3 – Passa-se da fase do «possível» para a fase do «racional» ou «neutro». São apresentados argumentos como «necessidade biológica». Afirma-se que o desejo de comer carne humana pode ser genético, «próprio da natureza humana». Em caso de fome grave, de «circunstâncias insuperáveis», uma pessoa livre deve ter o direito de fazer escolhas. Não se deve esconder a informação para que todos possam assumir que são «antropófilos» ou «antropofóbicos».

Etapa 4 – Na opinião pública é criada uma polémica artificial sobre o tema. A sua popularização apoia-se não só em personagens históricas ou mitológicas mas também em figuras mediáticas actuais. A antropofilia começa a entrar massivamente nas notícias, nos talk-shows, no cinema, na música pop, nos videoclips. Um dos métodos da popularização é o chamado «olhe à sua volta». Por acaso você não sabe que um conhecido compositor é antropófilo?

Etapa 5 – Nesta etapa o tema é lançado no top da actualidade: começa a reproduzir-se automaticamente na imprensa, no show business e… na política. Nesta etapa, para justificar os adeptos da legalização, é utilizada a «humanização» dos adeptos, («são pessoas criativas», «os antropófilos são vítimas da educação que tiveram», «quem somos nós para os julgar?»

Etapa 6 – Nesta fase, a prática passa de «tema popular» para o plano da «política actual». Começa a ser preparada a base legislativa, aparecem grupos de lobby, publicam-se pesquisas sociológicas que apoiam os adeptos da legalização. Introduz-se um novo dogma – não se deve proibir a «antropofagia». Aprovada a lei, o tema chega às escolas e jardins de infância e, consequentemente, a nova geração já não conhece como poderá pensar de forma diferente.

Como disse acima, este exemplo sugerido pelo cineasta Nikita Mikhalkov não deixa de ser hipotético.

No entanto, não teria sido assim que todas as «novas práticas», impensáveis há poucas décadas, entraram na nossa sociedade e se tornaram aceitáveis aos olhos de toda a gente?