O Inimputavel
Sempre houve, ao longo da história, perversões sexuais (hetero e homo) e crimes passionais. No entanto, a sociedade mudou muito nos últimos tempos em matéria de costumes e na vivência da sexualidade. Ninguém pode acreditar que a implementação de uma cultura permissiva sobre a sexualidade, desprovida de limites e de directrizes morais, não tenha um impacto sobre fenómenos de desordem identitária em muitos jovens: “ Gosto de mulheres? De homens? Ou será que me atraio pelos dois?”.
O recente crime com contornos bizarros, de temática sexual, cometido contra Carlos Castro deixou o País chocado. Segundo a família do suspeito, o jovem Renato Seabra, nunca manifestou qualquer tendência homossexual (1). Por sua vez, Carlos Castro terá confidenciado a amigos que estava muito feliz, embora nos últimos dias, no decorrer na sua estadia em Nova Iorque, tenha acrescentado que tinha “medo de dormir com ele, já que este apresentava um comportamento muito estranho”. Algumas notícias avançadas referem ainda que Renato Seabra tinha ambições no mundo da moda e que Carlos Castro prometera ajudá-lo nesse propósito.
A contribuir para este fenómeno está a confusão ao nível da orientação sexual difundida de uma forma mais ou menos directa, por novelas como "os morangos com açúcar", como sendo algo normal, chique e moderno. Também não podemos esquecer as dezenas de horas na rádio e os inúmeros artigos publicados por eminentes psiquiatras e psicólogos do nosso país, afirmando que, ao nível da sexualidade, tudo o que fosse praticado entre adultos era "normal", apontando claramente para um caminho de experimentalismos perigosos e inconsequentes. Entretanto, “a outra sexualidade” era amordaçada, rotulada como retrógrada e conservadora, apesar de ter servido, ao longo de gerações e gerações, para criar famílias estáveis e proporcionar a felicidade a muitos homens e mulheres.
A falta de estabilidade na identidade sexual e a tão propaganda ideologia da identidade do género – em que a identidade sexual é construída pelo próprio e não determinada geneticamente – origina fenómenos desestabilizadores nos jovens que pela sua condição de imaturidade são permeáveis à sedução, à experiência e às influências da sociedade.
Um dos reflexos deste ambiente caótico construído entre nós por esta sociedade amoral e relativista, prende-se com os modelos masculinos. Outrora símbolos de masculinidade, os modelos masculinos transformaram-se nuns híbridos sexuais: os metrossexuais. Estes atraem homens e mulheres, adoptando estratégias de cuidados com a imagem que anteriormente estavam apenas reservadas ao sexo feminino, como é o caso da depilação, das máscaras de beleza faciais, etc.
As mentes perturbadas que nos últimos tempos alcançaram os lugares de poder e que têm estrategicamente implementado uma série de leis (casamento homossexual, educação sexual nas escolas, lei dos transexuais, etc.) que imprimem mudanças sociais gravíssimas, são responsáveis por este clima de instabilidade e confusão que se instala como um vírus nas mentes mais frágeis.
Não é por acaso que a família é combatida ferozmente por estes novos defensores da modernidade. A família transmite princípios, valores e directrizes morais que os defensores da modernidade abominam. Com efeito, é através da família que é imprimida na mente e no coração dos jovens uma ideia insubstituível e estruturante: a estabilidade. Esta estabilidade é avessa aos experimentalismos sexuais, à busca do prazer pelo prazer, à manipulação sedutora, e às paixões avassaladoras que tão depressa começam como, por vezes, tragicamente acabam.
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(1) Testemunhas revelam que horas antes do corpo ser encontrado ouviram uma discussão onde Renato Seabra afirmava não ser gay.