sexta-feira, 26 de outubro de 2018

NOTA ACERCA DO INCIDENTE HOMOSSEXUALISTA NA ESCOLA FRANCISCO TORRINHA, DO PORTO


O incidente gerado na Escola Francisco Torrinha, do Porto, pela tentativa de manipulação de crianças por activistas homossexualistas, que foi notícia e é do domínio público, é objecto desta nota por parte de organizações defensoras da família natural, da sã educação das crianças e do seu equilíbrio psíquico e saúde mental.

— Assistimos no mundo e também em Portugal, de início de forma subterrânea e depois às claras, à acção de minorias activas homossexualistas, que têm como objectivo principal a destruição da família — a natural — e a sua substituição pelas chamadas «novas formas de família», baseando a sua argumentação na falsa ideologia do «género».

— Essas minorias activas homossexualistas, organizadas em associações e formando lóbi, conse­guiram hoje tomar conta de partidos e outras organizações de influência social, e até de largos sectores do Estado. O Ministério da Educação é um desses organismos do Estado dominados pelo lóbi homosse­xualista. A situação agravou-se com o actual ministro Tiago Brandão Rodrigues, o qual tem sido pródigo na produção de legislação, regulamentação e directivas claramente homossexualistas.

— O lóbi homossexualista manipula a linguagem e assenta-a numa falsa ciência que nega a realidade sexual fisiológica, exercendo, em nome da sua «igualdade de género», uma autêntica ditadura mental e até já jurídica. Da vitimização da condição do homossexual, o lóbi passou à opressão homonazi, pretendendo impor como norma a sua não normalidade.

— O êxito dessas minorias activas tem sido consequência da protecção de políticos homossexuais ainda no armário, do oportunismo ou frouxidão de certos políticos sem valores e, sobretudo, da passi­vidade da sociedade civil, nomeadamente dos pais das crianças em idade escolar.

5 — As associações de pais de alunos deveriam estar na linha da frente de combate à homossexua­lização das escolas. Umas estão. Outras não.

De facto, algumas associações de pais são dirigidas por pessoas que se encontram amarradas a partidos ou a organizações secretas, talvez originalmente não afectados mas entretanto já minados pelo lóbi homossexualista. Essas pessoas das direcções das associações de pais, devendo obediência a esses partidos ou organizações secretas, obedecem-lhes em vez de obedecerem ao superior dever de velar pela sã educação das crianças e jovens que representam, incluindo os próprios filhos. Outras associações de pais são dirigidas por pessoas «politicamente correctas», sem a necessária coragem para se oporem às manobras do lóbi homos­sexualista, não estando também à altura da função.

6 — O que se passou na Escola Francisco Torrinha foi uma acção de subversão levada a cabo por uma dessas associações homossexualistas, uma tal  «Associação Plano i», com a conivência, incúria ou cobardia daqueles a quem os pais confiam a educação dos seus filhos: os responsáveis admi­nistrativos e pedagógicos da Escola e do respectivo agrupamento. Isto e apenas isto. O resto é conversa fiada.

7 — Perante os factos , veio a Direcção da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica Francisco Torrinha produzir um comunicado nada separador das águas.

8 — Nos oito pontos iniciais do comunicado — 50% do texto —, a Direcção da Associação de Pais:

a) despeja um articulado em linguagem de pedagogês para impressionar, pura palha, nada adiantando sobre o essencial, que é a tentativa de subversão moral na Escola Francisco Torrinha;

b) faz o elogio e apresenta como ciência certa a doutrina da sinistra «Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania», que nada tem de nacional, nem nem de educação, nem de cidadania, mas, ao contrário, tem de homossexualismo, de agressão psíquica das crianças normais, de feminismo do mais radical, de multiculturalismo completamente relativista e desnacionalizador;

c) apresenta como premissas a doutrina e as normas dessa Estratégia dissolvente para «explicar» a invasão da Escola por forças estranhas, no que se enquadraria esta operação homossexualista, ainda por cima com o bónus de ser «sem custos para a Escola» — calcule-se a grande vantagem!

9 — Nos pontos 9 a 12 do comunicado,  a Direcção da Associação de Pais:

a) apresenta os factos — que, recorde-se, se enquadram no activismo homossexualita nas escolas e que tem como principal responsável o respectivo ministro — como simples faits divers, desdra­matizando-os como um vulgar acidente de percurso do «bom» sistema, que aliás não pára de enaltecer;

b) tenta ilibar de responsabilidades as direcções da Escola e do Agrupamento de escolas como desco­nhecedores da acção no seu pormenor por culpa de outrém;

c) deixa no vago a real responsabilidade dos factos da maior gravidade, dizendo e desdizendo, empurrando finalmente a responsabilidade para uma «responsável da unidade curricular» e para o não cumprimento das «normas internas referentes às parcerias»;

d) critica a directora de turma por ter permitido a uma mãe tomar conhecimento da situação, afinal por não ter camuflado a situação!

10 — O comunicado da Direcção da Associação de Pais é um fraseado confusionista e ao mesmo tempo esclarecedor do seu verdadeiro posicionamento.

Trata-se de uma  história mal contada por uma direcção enredada em compadrios.

Trata-se de um discurso vago, no estilo habilidoso de políticos habilidosos.

Trata-se de deitar água na fervura, escamoteando a gravidade da situação.


Lisboa, 25 de Outubro de 2018

aa) Confederação Nacional das Associações de Família
Educação Nacional
Pais e Professores Católicos
Salvemos os Nossos Filhos
União das Famílias Portuguesas





domingo, 21 de outubro de 2018

Homossexualidade: as falsificações «científicas» para o lóbi promover o homossexualismo


Imagens do cérebro, a verdade científica, objectiva, desmentem os falsos cientistas.

DESCONSTRUIR A HETERONORMATIVIDADE PELA PORTA DOS FUNDOS

Luís Aguiar-Conraria, Observador, 10 de Outubro de 2018

Três académicos publicaram, propositadamente, artigos fraudulentos em algumas das melhores revistas científicas de certas áreas de estudo para mostrarem como se vende ideologia como se fosse ciência.

Na semana passada, rebentou um belíssimo escândalo no meio académico internacional. Três académicos, James Lindsay, Peter Boghossian e Helen Pluckrose (que se juntou à equipa quando o projecto já tinha começado), publicaram, propositadamente, artigos fraudulentos em algumas das melhores revistas científicas de determinadas áreas de estudo, a que os autores, depreciativamente, chamam Grievance Studies. Algo que poderíamos traduzir como «Área do Ressentimento» ou da «Vitimização». O objectivo deste projecto era o de demonstrar que a produção académica nestas áreas é, em grande medida, uma fraude científica. Vende-se ideologia como se de ciência se tratasse.

Para levar a cabo o seu projecto, estes três autores mergulharam na literatura científica num dado domínio — por exemplo, gender studies, estudos de género — e, ao longo de quase um ano, escreveram artigos em tudo iguais a muitos que já estão publicados. Mas, e esta é a parte relevante, os artigos eram absurdos e com falhas metodológicas gritantes ou mesmo eticamente inadmissíveis. A ideia era demonstrar que estes artigos, desde que se conformassem com a ideologia dominante daquelas áreas de estudo, seriam publicados em excelentes revistas das respectivas áreas científicas.

Comecemos pelo artigo que deu o título a esta minha crónica: Going in Through the Back Door: Challenging Straight Male Homohysteria, Transhysteria, and Transphobia Through Receptive Penetrative Sex Toy UseNele, os autores advogam que, para se diminuir a transfobia, a homohisteria e a transhisteria homens heterossexuais deviam experienciar prazer anal com uns vibradores. Não estou a gozar. Como forma de terapia para curar os problemas descritos, os autores sugerem que, em ambiente controlado, os homens sigam o tratamento prescrito. Cito a última frase: «A partir destes dados, concluímos que a transfobia e a transhisteria exibem uma relação tão estreita com o erotismo penetrativo anal que a penetração anal em ambientes «seguros» pode servir de remédio.» Este artigo foi mesmo publicado na Sexuality & Cultureuma boa revista académica. É inacreditável, mas é verdade. Não quero, de forma alguma, refrear o leitor de fazer esta experiência. Esteja à vontade, mas faça-o por bons motivos e não para curar qualquer homohisteria de que padeça.

Esta técnica de atirar uma ideia absurda ao ar e ver se a conseguem publicar numa reputada revista académica foi levada ao absurdo no artigo Our Struggle is My Struggle: Solidarity Feminism as an Intersectional Reply to Neoliberal and Choice Feminism. Como o título sugere, basearam-se no Mein Kampf, de Adolf Hitler. Para ser mais preciso, os autores pegam no capítulo 12 do livro e adaptam os argumentos a defender a necessidade de um partido nazi para explicar a necessidade de um feminismo solidário que combata a opressão. O artigo foi aceite para publicação na revista Affilia: Journal of Women and Social Work, uma revista bastante cotada na área de Estudos Feministas. É caso para dizer que o insulto muitas vezes usado contra algumas feministas, feminazi, ganha uma nova vida com esta publicação.

Não se fique com a ideia de que estes exemplos (e o melhor ainda está para vir) são casos isolados. Estas três pessoas escreveram 20 artigos, dos quais 7 já estão publicados e 4 estão muito bem encaminhados. 11 artigos publicados em boas revistas é um número suficiente  para fazer carreira em muitas universidades.

Infelizmente, este projecto teve um fim prematuro. O primeiro artigo que publicaram gerou tanta celeuma que o Wall Street Journal resolveu investigar o assunto, levando os autores a auto-denunciarem-se, pelo que nunca saberíamos quantos, dos 20 seriam aceites para publicação. Esse primeiro «trabalho» tem o título de «Human Reactions to Rape Culture and Queer Performativity in Urban Dog Parks in Portland» e foi publicado na prestigiada revista Gender, Place & Culture, uma revista que se assume como sendo de «geografia feminista». Nesse artigo, os autores relatam o que vêem em parques de cães e explicam que estes parques são espaços que promovem a cultura da violação. Mais precisamente relatam como os donos reagem quando os cães violam cadelas e quando praticam actos sexuais queer. Como referencial teórico os autores adoptam a Criminologia feminista negra —não me perguntem o que é isto; no original está Black feminist criminology.Concluem que tanto os cães, como os donos dos cães, devem ser treinados para terem comportamentos de género mais equilibrados, respeitando quer as fêmeas quer os machos queer. Enfim, querem que os sexualmente opressivos parques de cães se transformem em espaços de emancipação. O que denunciou os autores e levou à investigação jornalística foi a estatística de que ocorria uma violação por hora nesse parque para cães.

Note-se que o que este trabalho de campo — a que os antropólogos chamam estudo etnográfico — tem de preocupante não é o sabermos que é possível publicar artigos científicos fraudulentos em boas revistas. O problema que estes autores identificaram é bem mais grave. A técnica para conseguirem publicar estas fraudes foi a de escrever artigos em tudo iguais àquilo que é comum em cada uma das áreas de estudo. Como os autores explicam, a grande diferença que encontram entre os logros que conseguiram publicar e o «saber» académico que estão a emular é que eles têm consciência de que tudo o que fizeram é treta.

Esta última ideia pode ser ilustrada comparando uma das suas imposturas com um artigo verdadeiro. Num dos artigos fraudulentos, os autores queixam-se de que a astronomia é sexista, ocidental e colonialista. Defendem então uma abordagem feminista para a criação de conhecimento astronómico. Ora, a verdade é que podemos encontrar um artigo científico, em tudo igual, publicado na excelente revista Progress in Human Geographycom o título Glaciers, gender, and science: A feminist glaciology framework for global environmental change research. Neste artigo, que me foi sugerido por Isabel Pereira dos Santos (uma amiga facebookiana), propõe-se, precisamente, uma abordagem feminista para a produção de conhecimento sobre glaciares. Ou seja, uma glaciologia feminista. Cito o primeiro parágrafo da conclusão, lembrando que não estão a gozar: «Gelo não é apenas gelo. A forma dominante como as sociedades ocidentais o entendem através da ciência da glaciologia não é uma representação neutral da natureza. A abordagem feminista da glaciologia chama a atenção para aqueles que dominam e determinam a produção do conhecimento glaciar, para o discurso sexista da ciência e do conhecimento e da forma como a dominação colonial, militar e geopolítica co-constituem o conhecimento sobre a glaciologia.» Não sei o que estão a pensar, mas, para mim, este artigo é indistinguível do artigo fraudulento sobre a astronomia feminista. Quer-me até parecer que serviu de inspiração ao mesmo.

Não quero deitar fora o bebé com a água do banho. Em ciências sociais é normal que haja trabalhos politicamente empenhados. Por exemplo, alguém preocupado com as diferenças salariais entre homens e mulheres pode querer investigar o assunto para perceber as suas origens e, se for caso disso, propor medidas correctivas. Eu mesmo tenho trabalhos nessa área e não penso deixar de investigar o assunto. Mas há uma fronteira entre um trabalho politicamente empenhado e um trabalho politicamente comprometido que não pode ser cruzada. O que James Lindsay, Peter Boghossian e Helen Pluckrose mostraram é que essa linha há muito que ficou para trás em algumas sub-áreas das ciências sociais e das humanidades. Nestas disciplinas, a que chamaram genericamente Grievance Studies fez-se da vitimização um método científico.

Esta minha crónica pode, e deve, ser lida como uma anedota bem-disposta. Mas a verdade é que depois de rirmos, devemos também chorar. Sendo a comunidade académica uma das comunidades mais corporativas que existem, não é de esperar dela qualquer acção redentora. Nenhuma tentativa será feita para separar o trigo do joio. O mais provável é que se ataquem os autores deste estudo, que, na verdade, segue a melhor tradição etnográfica. Duvido, por exemplo, que algum dos editores das revistas científicas envolvidas seja corrido.

Adicionalmente, o «conhecimento científico» produzido por estas áreas é politicamente influente e, por isso, perigoso. Não estou à espera, obviamente, de que a CIG (Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género) vá enviar pelo correio um vibrador com instruções a todos os homens, na esperança de os tornar mais feministas e inclusivos, mas a verdade é que parte das suas recomendações são moldadas pelo que se produz nestas disciplinas académicas. Por isso é tão importante ter consciência de que muito do que é vendido nestas áreas como conhecimento e ciência não passa de ideologia. Por exemplo, num dos artigos convidados para ressubmissão, os autores defendem que os professores devem discriminar os estudantes com base no seu género e etnia, obrigando os estudantes brancos a sentarem-se no chão, incentivando os professores a não lhes darem atenção e a ridicularizarem as suas ideias. Sugerem mesmo que tenham correntes às costas, como forma de reparação pelos males que o homem branco causou às mulheres, aos povos de outras cores e a grupos marginalizados em geral. Que um artigo destes possa ser publicado numa revista de filosofia feminista mostra que, se calhar, já nem se trata de ideologia, mas sim de maldade e sadismo.