domingo, 23 de dezembro de 2012

O Papa e o Rabino-chefe de França
contra a ideologia do género

Ideologia de género:
cavalo de Tróia cultural

(Excerto do discurso do Papa à Curia Romana – 21. 12. 2012)

... (N)a questão da família, não está em jogo meramente uma determinada forma social, mas o próprio homem: está em questão o que é o homem e o que é preciso fazer para ser justamente homem. Os desafios, neste contexto, são complexos. Há, antes de mais nada, a questão da capacidade que o homem tem de se vincular ou então da sua falta de vínculos. Pode o homem vincular-se para toda a vida? Isto está de acordo com a sua natureza? Ou não estará porventura em contraste com a sua liberdade e com a auto-realização em toda a sua amplitude? Será que o ser humano torna-se ele próprio, permanecendo autónomo e entrando em contacto com o outro apenas através de relações que pode interromper a qualquer momento? Um vínculo por toda a vida está em contraste com a liberdade? Vale a pena também sofrer por um vínculo? A recusa do vínculo humano, que se vai generalizando cada vez mais por causa duma noção errada de liberdade e de auto-realização e ainda devido à fuga da perspectiva duma paciente suportação do sofrimento, significa que o homem permanece fechado em si mesmo e, em última análise, conserva o próprio «eu» para si mesmo, não o supera verdadeiramente. Mas, só no dom de si é que o homem se alcança a si mesmo, e só abrindo-se ao outro, aos outros, aos filhos, à família, só deixando-se plasmar pelo sofrimento é que ele descobre a grandeza de ser pessoa humana. Com a recusa de tal vínculo, desaparecem também as figuras fundamentais da existência humana: o pai, a mãe, o filho; caem dimensões essenciais da experiência de ser pessoa humana.

Num tratado cuidadosamente documentado e profundamente comovente, o rabino-chefe de França, Gilles Bernheim, mostrou que o ataque à forma autêntica da família (constituída por pai, mãe e filho), ao qual nos encontramos hoje expostos – um verdadeiro atentado –, atinge uma dimensão ainda mais profunda. Se antes tínhamos visto como causa da crise da família um mal-entendido acerca da essência da liberdade humana, agora torna-se claro que aqui está em jogo a visão do próprio ser, do que significa realmente ser homem. Ele cita o célebre aforismo de Simone de Beauvoir: «Não se nasce mulher; torna-se mulher – On ne naît pas femme, on le devient». Nestas palavras, manifesta-se o fundamento daquilo que hoje, sob o vocábulo «gender – género», é apresentado como nova filosofia da sexualidade. De acordo com tal filosofia, o sexo já não é um dado originário da natureza que o homem deve aceitar e preencher pessoalmente de significado, mas uma função social que cada qual decide autonomamente, enquanto até agora era a sociedade quem a decidia. Salta aos olhos a profunda falsidade desta teoria e da revolução antropológica que lhe está subjacente. O homem contesta o facto de possuir uma natureza pré-constituída pela sua corporeidade, que caracteriza o ser humano. Nega a sua própria natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um facto pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria. De acordo com a narração bíblica da criação, pertence à essência da criatura humana ter sido criada por Deus como homem ou como mulher. Esta dualidade é essencial para o ser humano, como Deus o fez. É precisamente esta dualidade como ponto de partida que é contestada. Deixou de ser válido aquilo que se lê na narração da criação: «Ele os criou homem e mulher» (Gn 1, 27). Isto deixou de ser válido, para valer que não foi Ele que os criou homem e mulher; mas teria sido a sociedade a determiná-lo até agora, ao passo que agora somos nós mesmos a decidir sobre isto. Homem e mulher como realidade da criação, como natureza da pessoa humana, já não existem. O homem contesta a sua própria natureza; agora, é só espírito e vontade. A manipulação da natureza, que hoje deploramos relativamente ao meio ambiente, torna-se aqui a escolha básica do homem a respeito de si mesmo. Agora existe apenas o homem em abstracto, que em seguida escolhe para si, autonomamente, qualquer coisa como sua natureza. Homem e mulher são contestados como exigência, ditada pela criação, de haver formas da pessoa humana que se completam mutuamente. Se, porém, não há a dualidade de homem e mulher como um dado da criação, então deixa de existir também a família como realidade pré-estabelecida pela criação. Mas, em tal caso, também a prole perdeu o lugar que até agora lhe competia, e a dignidade particular que lhe é própria; Bernheim mostra como o filho, de sujeito jurídico que era com direito próprio, passe agora necessariamente a objecto, ao qual se tem direito e que, como objecto de um direito, se pode adquirir. Onde a liberdade do fazer se torna liberdade de fazer-se por si mesmo, chega-se necessariamente a negar o próprio Criador; e, consequentemente, o próprio homem como criatura de Deus, como imagem de Deus, é degradado na essência do seu ser. Na luta pela família, está em jogo o próprio homem. E torna-se evidente que, onde Deus é negado, dissolve-se também a dignidade do homem. Quem defende Deus, defende o homem.

Dito isto, gostava de chegar ao segundo grande tema que, desde Assis até ao Sínodo sobre a Nova Evangelização, permeou todo o ano que chega ao fim: a questão do diálogo e do anúncio. Comecemos pelo diálogo. No nosso tempo, para a Igreja, vejo principalmente três campos de diálogo, onde ela deve estar presente lutando pelo homem e pelo que significa ser pessoa humana: o diálogo com os Estados, o diálogo com a sociedade – aqui está incluído o diálogo com as culturas e com a ciência – e, finalmente, o diálogo com as religiões. Em todos estes diálogos, a Igreja fala a partir da luz que a fé lhe dá. Ao mesmo tempo, porém, ela encarna a memória da humanidade que, desde os primórdios e através dos tempos, é memória das experiências e dos sofrimentos da humanidade, onde a Igreja aprendeu o que significa ser homem, experimentando o seu limite e grandeza, as suas possibilidades e limitações. A cultura do humano, de que ela se faz garante, nasceu e desenvolveu-se a partir do encontro entre a revelação de Deus e a existência humana. A Igreja representa a memória do que é ser homem defronte a uma civilização do esquecimento que já só se conhece a si mesma e só reconhece o próprio critério de medição. Mas, assim como uma pessoa sem memória perdeu a sua identidade, assim também uma humanidade sem memória perderia a própria identidade. Aquilo que foi dado ver à Igreja, no encontro entre revelação e experiência humana, ultrapassa sem dúvida o mero âmbito da razão, mas não constitui um mundo particular que seria desprovido de interesse para o não-crente. Se o homem, com o próprio pensamento entra na reflexão e na compreensão daqueles conhecimentos, estes alargam o horizonte da razão e isto diz respeito também àqueles que não conseguem partilhar a fé da Igreja. No diálogo com o Estado e a sociedade, naturalmente a Igreja não tem soluções prontas para as diversas questões. Mas, unida às outras forças sociais, lutará pelas respostas que melhor correspondam à justa medida do ser humano. Aquilo que ela identificou como valores fundamentais, constitutivos e não negociáveis da existência humana, deve defendê-lo com a máxima clareza. Deve fazer todo o possível por criar uma convicção que possa depois traduzir-se em acção política.

Na situação actual da humanidade, o diálogo das religiões é uma condição necessária para a paz no mundo, constituindo por isso mesmo um dever para os cristãos bem como para as outras crenças religiosas. Este diálogo das religiões possui diversas dimensões. Há-de ser, antes de tudo, simplesmente um diálogo da vida, um diálogo da acção compartilhada. Nele, não se falará dos grandes temas da fé – se Deus é trinitário, ou como se deve entender a inspiração das Escrituras Sagradas, etc. –, mas trata-se dos problemas concretos da convivência e da responsabilidade comum pela sociedade, pelo Estado, pela humanidade. Aqui é preciso aprender a aceitar o outro na sua forma de ser e pensar de modo diverso. Para isso, é necessário fazer da responsabilidade comum pela justiça e a paz o critério basilar do diálogo. Um diálogo, onde se trate de paz e de justiça indo mais além do que é simplesmente pragmático, torna-se por si mesmo uma luta ética sobre a verdade e sobre o ser humano; um diálogo sobre os valores que são pressupostos em tudo. Assim o diálogo, ao princípio meramente prático, torna-se também uma luta pelo justo modo de ser pessoa humana. Embora as escolhas básicas não estejam enquanto tais em discussão, os esforços à volta duma questão concreta tornam-se um percurso no qual ambas as partes podem encontrar purificação e enriquecimento através da escuta do outro. Assim estes esforços podem ter o significado também de passos comuns rumo à única verdade, sem que as escolhas básicas sejam alteradas. Se ambas as partes se movem a partir duma hermenêutica de justiça e de paz, a diferença básica não desaparecerá, mas crescerá uma proximidade mais profunda entre eles.

Hoje em geral, para a essência do diálogo inter-religioso, consideram fundamentais duas regras:

1.ª) O diálogo não tem como alvo a conversão, mas a compreensão. Nisto se distingue da evangelização, da missão.

2.ª) De acordo com isso, neste diálogo, ambas as partes permanecem deliberadamente na sua identidade própria, que, no diálogo, não põem em questão nem para si mesmo nem para os outros.

Estas regras são justas; mas penso que assim estejam formuladas demasiado superficialmente.

Sim, o diálogo não visa a conversão, mas uma melhor compreensão recíproca: isto é correcto.

Contudo a busca de conhecimento e compreensão sempre pretende ser também uma aproximação da verdade. Assim, ambas as partes, aproximando-se passo a passo da verdade, avançam e caminham para uma maior partilha, que se funda sobre a unidade da verdade. Quanto a permanecer fiéis à própria identidade, seria demasiado pouco se o cristão, com a sua decisão a favor da própria identidade, interrompesse por assim dizer por vontade própria o caminho para a verdade. Então o seu ser cristão tornar-se-ia algo de arbitrário, uma escolha simplesmente factual. Nesse caso, evidentemente, ele não teria em conta que a religião tem a ver com a verdade. A propósito disto, eu diria que o cristão possui a grande confiança, mais ainda, a certeza basilar de poder tranquilamente fazer-se ao largo no vasto mar da verdade, sem dever temer pela sua identidade de cristão. Sem dúvida, não somos nós que possuímos a verdade, mas é ela que nos possui a nós: Cristo, que é a Verdade, tomou-nos pela mão e, no caminho da nossa busca apaixonada de conhecimento, sabemos que a sua mão nos sustenta firmemente. O facto de sermos interiormente sustentados pela mão de Cristo torna-nos simultaneamente livres e seguros. Livres: se somos sustentados por Ele, podemos, abertamente e sem medo, entrar em qualquer diálogo. Seguros, porque Ele não nos deixa, a não ser que sejamos nós mesmos a desligar-nos d’Ele. Unidos a Ele, estamos na luz da verdade. ...
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Universidade Católica escancara
as portas a Herodes

Nuno Serras Pereira

Uma vez que existe o costume de matar o mensageiro como se ele fora culpado da autoria dos acontecimentos que noticia declaro-me, se Deus me conceder essa Graça, pronto para a fogueira, o linchamento, ou qualquer outra forma de tortura metódica conducente a uma aniquilação lenta e macabra.
 
Infelizmente dá-se o caso de a Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, apesar de prevenida por pessoas altamente qualificadas no sector da saúde mental, ter decidido organizar uma pós-graduação em serviço social na saúde mental leccionada por uma série de pessoas gravissimamente responsáveis por uma matança imensamente maior de crianças do que a de Herodes; autores de mentiras públicas escandalosas; advogadores da proibição de terapia para as pessoas homossexuais que o queiram; e instigadores da eutanásia.
 
Como se isto fora pouco, o curso destina-se a profissionais de serviço social, os quais, formatados por esta educação altamente católica, naturalmente trabalharão afincadamente em multiplicar caridosamente a carnagem.
 
Compreendo que alguém como eu que justamente não goza de nenhuma credibilidade seja objecto de qualquer confiança. Por isso deixo ao leitor interessado umas notas com notícias e citações que poderá examinar.
 
Av. Luís Bivar, 18
1069-147 LISBOA
Tel. 213171130
Fax 213171149
nunciaturapt@netcabo.pt
 

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Três mitos sobre a marijuana

Manuel Pinto Coelho

«Não há nada mais terrível que a ignorância activa» Goethe

Continua a ler-se com inusitada frequência na imprensa nacional declarações de pessoas que, embora habitualmente responsáveis, desde há muito, de forma mais ou menos declarada, se vêm batendo pela legalização da marijuana.

A bem da verdade e da saúde mental do leitor, esclarece-se:
 
Mito 1 - A marijuana fumada pode ter um aproveitamento médico.

Verdade - Pela impossibilidade de controlar a dose, os ingredientes e a potência, o fumo nunca poderá ser um modo seguro de administrar uma droga. Entre os seus 483 compostos químicos, o THC é fortemente psicoactivo, a sua potência não pára de aumentar - no espaço de 40 anos, passou de 1% para 35% - sendo que as concentrações desconhecidas deste composto químico tornam impossível a criação de uma dose uniforme com aplicação médica. Acresce ainda que a já há muito suspeitada ligação entre cannabis e a esquizofrenia vem sido repetidamente confirmada por estudos recentes, de tal forma que hoje ela é comparada com a conhecida ligação ao cancro do fumador de tabaco. Além de inquestionáveis danos no cérebro e aparelhos respiratório e reprodutor, estudos também recentes têm vindo a comprovar, no seio dos seus utilizadores, descidas do QI que podem ir até aos oito pontos.

Mito 2 - A legalização da marijuana iria diminuir o crime relacionado. As prisões estão superpovoadas de indivíduos acusados da sua posse, obrigando os Governos a gastar milhões pelas custas legais da sua detenção.

Verdade - A legalização da marijuana, com a consequente descida da percepção de risco, do preço, bem como o aumento da sua disponibilidade, faria dos jovens um alvo e um potencial mercado muito maior para os dealers. Nos EUA, de todos os detidos por problemas de droga, só 1,6% foram sentenciados unicamente por posse, sendo a quantidade média apreendida de 52 quilos, ou seja, muito mais do que a necessária para uso pessoal. Passa pela cabeça de alguém que a melhor forma de prevenir o crime e o consequente castigo/sobrelotação das prisões ocupadas com os seus prevaricadores, seja também a de legalizar a fraude, o roubo, o assassínio, o incesto, o estupro, a violação, a pedofilia, a violência doméstica, o tráfico humano ou o fogo posto?

Mito 3 - Taxar a marijuana como o álcool e o tabaco traduzir-se-ia num encaixe de milhares de euros que poderiam ser aplicados em serviços vitais, tais como nas escolas.

Verdade - O tabaco e o álcool são precisamente os maiores indicadores da razão por que legalizar a marijuana seria devastador em termos económicos e de sofrimento humano. Quem advoga a ideia esquece-se de mencionar que o dinheiro dos impostos cobrados ao tabaco e ao álcool cobrem menos de 15% dos custos económicos devidos ao uso destas substâncias, que incluem cuidados de saúde, perda de produtividade, custos com a justiça, acidentes de viação e absentismo, para nomear só alguns. Assim é razoável concluir que, no mínimo, os custos da legalização da marijuana iriam reproduzir em espelho os do tabaco e álcool.

É voz corrente que é impossível erradicar as drogas da sociedade; uma guerra perdida, diz-se. É nossa opinião que, embora seja impossível acabar com ela, qualquer sociedade consciente, com um mínimo de consciência ética, deverá caminhar no sentido da sua erradicação. O seu objectivo deverá ser sempre o de limitar o número de pessoas envolvidas e o correspondente impacto negativo. Do mesmo modo, o facto de ainda não se ter descoberto a cura do cancro não quer dizer que se deva deixar de a tentar. O mesmo raciocínio em relação a flagelos como a fome e a pobreza. Não passa pela cabeça de ninguém desistir de os combater pelo facto de os resultados estarem sempre muito aquém dos desejados.
 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mulher narra o drama de ser
criada por pai homossexual

Dawn Stefanowicz
Com a finalidade de mostrar a influência negativa que as crianças sofrem quando são criadas por pais homossexuais, a canadense Dawn Stefanowicz publicou o livro «Out from Under: The Impact of Homossexual Parenting» (Fora da escuridão. O impacto da paternidade homossexual), onde narra a sua experiência de crescer num lar com um progenitor gay.

«A pequena Cynthia Dawn – este é o seu nome completo – nasceu em Toronto nos anos 60 numas condições de grave mal-estar familiar e pessoal, em grande parte, ignoradas deliberadamente pelo mundo dos adultos, começando pelos seus professores», explica um artigo escrito pela neuropsiquiatra infantil Caterina Saccà.

A menina, afirmou, «sente-se traída afectivamente por um pai ausente, na busca contínua de relações homossexuais com casais de convivência ou ocasionais, e sem o cuidado adequado de uma mãe que, por sua vez, precisa de ajuda (devido à diabete). Cynthia entra numa espiral de confusão e vergonha alimentada pela exposição directa e precoce a práticas de natureza explicitamente sexual».

O texto difundido através da página Web familyandmedia.eu, narra que logo depois de cair «num estado de destruição da personalidade e da dignidade humana», Dawn conseguiu na vida adulta reconciliar-se com o seu passado «complicado e traumático» graças a anos de terapia «e à profunda fé em Deus».

«Só depois da morte do pai – derrotado pela AIDS como muitos dos seus companheiros sexuais – e logo após a morte da mãe; esta mulher convertida com o passar dos anos em esposa e mãe de um menino e de uma menina, teve a coragem de tornar pública a sua terrível experiência, com o fim de ‘mostrar a todos como as estruturas familiares podem incidir negativamente no desenvolvimento das crianças’», acrescentou o site.

Actualmente, divulgar o seu testemunho converteu-se para Dawn Stefanowicz «numa batalha a favor do bem-estar dos filhos e da importância da família natural – instituição natural fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher – e contra a legalização das adopções e das uniões homossexuais».

Neste sentido, Saccà esclarece que «qualificar precipitadamente como homófobas, enganosas ou desleais, as argumentações que defendem a paternidade natural, além de ser reducionista, não contribui com elementos significativos de crescimento e de novidade num debate destinado ao público, na ausência de uma mudança de rumo, para escorregar no pântano dos estéreis combates ideológicos».

Sobretudo, tendo em conta resultados como o da recente pesquisa realizada no Reino Unido pela agência ComRes (encomendado pela fundação Catholic Voices), que mostra «como os mesmos gays e transexuais não consideram o matrimónio homossexual uma prioridade».

«Portanto, em vésperas de decisões destinadas indevidamente a reavivar a polêmica (…), chegam também testemunhos fortes como o de Dawn Stefanowicz, capazes de oferecer elementos concretos para a reflexão sobre a identidade e responsabilidade dos pais de família. São testemunhos que podem, ao menos uma vez, colocar-nos com os pés na terra», finalizou.

Mais informações sobre o testemunho de Dawn Stefanowicz no site (em inglês):

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Adasca promove colheitas de sangue
no posto fixo


As Colheitas de Sangue vão decorrer nos dias 15, 21 e 28 de Dezembro entre as 9:00 horas e as 13:00 horas no Posto Fixo localizado no Mercado Municipal de Santiago, 1º. Piso.
 
Todos os dadores de sangue e interessados em aderir pela primeira vez, estão convidados a comparecer, fazendo-se acompanhar do B.I. ou do seu substituto por forma a facilitar a inscrição junto do administrativo do IPST.
 
Lembramos que é necessário efectuar duas dádivas no ano económico para continuar a beneficiar da isenção das taxas moderadoras, ainda que só sejam válidas nos Centros de Saúde (cuidados primários).
 
O sangue é necessário todos os dias. O Sangue não se fabrica artificialmente. O Sangue corre nas suas veias. É saudável? Dê Sangue! Ajude os outros… Poderá ser você mesmo a precisar de ajuda!
 
Dádiva a dádiva… E a vida recomeça num adulto ou numa criança! Saiba como, quando e onde pode dar Sangue em Aveiro, contacte-nos pelos meios abaixo indicados.

Deixe-se levar pelo Coração. Dê Sangue, porque dar sangue é dar vida.

Na próxima Colheita de Sangue, vão ser efectuados diversos rastreios pelo Núcleo de Voluntários da ADASCA a saber: Verificação de Tensão Arterial, Controle de Peso, Índice da Massa Corporal, Glicémia entre outros, sendo todos gratuitos e abertos à comunidade, sob a coordenação no Enfº. Rui Conde.

Os questionários para a dádiva de sangue, vão ser distribuídos pela ADASCA no local a partir das 8:00 horas, para adiantar o atendimento dos dadores. 

NOTA: Artigo 7.º - Ausência das actividades profissionais

1 O dador está autorizado a ausentar-se da sua actividade profissional pelo tempo necessário à dádiva de sangue.

Diário da República, 1.ª série — N.º 165 — 27 de agosto de 2012, Lei n.º 37/2012 de 27 de Agosto, Estatuto do Dador de Sangue.
 

Joaquim Carlos – Presidente da Direcção

Informações adicionais através


E-mail: geral@adasca.pt, Site: www.adasca.pt 

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Colheita de Sangue Dia 13 de Janeiro em Cacia110.jpg
ADASCA PROMOVE COLHEITAS DE SANGUE NO POSTO FIXO.pdf
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Mais padres pedófilos?

Nuno Serras Pereira
 
Como recebi um número significativo de missivas e perguntando-me das razões de ter enviado a notícia Ex-provedora da Casa Pia diz que há outros casos de padres pedófilos e escasseia-me o tempo para retorquir individualmente peço que me desculpem esta réplica geral, tanto mais que poderão existir outros leitores perplexos ou interrogativos.
 
Em primeiro lugar, considero que importa muito atentar nas malsinações, de enorme gravidade, lançadas por Catalina Pestana: há mais padres pedófilos, e somente na Diocese de Lisboa, de seu conhecimento, há cinco; o Cardeal Patriarca conhece-o mas alega não o saber, e juntamente com o Arcebispo de Braga (anterior Presidente da Conferência Episcopal) limitam-se a mudar os alegados padres abusadores de lugar.
 
Das duas, uma: ou estas recriminações são verdadeiras ou são falsas.
 
a) No caso de serem exactas isso significaria que membros da Igreja, ao mais alto nível, estariam a trair gravemente a sua missão e a boicotar o esforçado empenho de Bento XVI em purificar a Igreja, que não pode admitir que no Sacerdócio ministerial haja padres que abusam de menores, como o escreveu João Paulo II. Se assim for, a Santa Sé deveria ser informada pelo Núncio Apostólico para agir em consequência. A Igreja não teme a verdade, e faz parte da sua missão expulsar os demónios, mesmo, ou principalmente, quando os possuídos receberam Ordens.
 
b) Se, pelo contrário, são uma colossal calúnia o Cardeal Patriarca, bem como o Arcebispo de Braga, têm ao seu dispor quer o Direito Canónico quer o Civil para limparem o bom nome e a honra da Igreja disciplinando a detraidora.
 
Foi lançada uma suspeição geral sobre o clero em geral e sobre o que vive em Lisboa em particular. «Quem não se sente, não é filho de boa gente». Nós, pela Graça de Deus, somos filhos da Igreja, a melhor de todas as mães. Esta, por si só, é uma razão de peso quer para estar ao facto das arguições que nos são feitas quer para as vermos esclarecidas e resolvidas.
 
Entretanto, resta-nos rezar pelas vítimas daqueles que chamados a ser Cristo para eles, ao invés foram o demónio, e implorar a Misericórdia infinita de Deus para a conversão dos padres desGraçados.
 

Moção de resolução sobre direitos
fundamentais no Parlamento Europeu


Mensagem de Carlos Fernandes aos deputados portugueses do Parlamento Europeu. O autor convida os leitores a utilizá-la ou a redigir outra e enviar aos deputados.

Os endereços electrónicos dos 22 deputados portugueses encontram-se em baixo.

Ex.mos(as) Senhores(as),

Venho apelar a que votem desfavoravelmente a moção de resolução sobre direitos fundamentais aprovada pelo Comité Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos que pode ser consultada na ligação abaixo.

http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?type=REPORT&reference=A7-2012-0383&language=EN

Levanta questões sérias para os cidadãos europeus que, ou não são da competência desse parlamento, como por exemplo o Aborto; ou tenta impor aos cidadãos europeus Leis que penalizam a liberdade de expressão em questões religiosas e sociais tendentes à censura. Ainda condicionam a formação social e cívica dos cidadãos alienando os seus valores civilizacionais e culturais.

Por favor pensem bem antes de votar sobre os direitos e deveres dos cidadãos europeus. Cada povo é um povo e tem a sua cultura e matriz civilizacional que deverá ser respeitada. Esta moção de resolução é na sua generalidade e na maioria dos casos particulares, absolutamente contrária aos valores civilizacionais da Europa. Viva a Liberdade!

Com os melhores cumprimentos,

Carlos Fernandes
CC 8177715

luispaulo.alves@europarl.europa.eu,
regina.bastos@europarl.europa.eu,
luismanuel.capoulassantos@europarl.europa.eu,
mariadagraca.carvalho@europarl.europa.eu,
carlos.coelho@europarl.europa.eu,
antonio.campos@europarl.europa.eu,
mario.david@europarl.europa.eu,
edite.estrela@europarl.europa.eu,
diogo.feio@europarl.europa.eu,
josemanuel.fernandes@europarl.europa.eu,
elisa.ferreira@europarl.europa.eu,
joao.ferreira@europarl.europa.eu,
anamaria.gomes@europarl.europa.eu,
marisa.matias@europarl.europa.eu,
nuno.melo@europarl.europa.eu,
vital.moreira@europarl.europa.eu,
mariadoceu.patraoneves@europarl.eu,
paulo.rangel@europarl.europa.eu,
alda.sousa@europarl.europa.eu,
rui.tavares@europarl.europa.eu,
nuno.teixeira@europarl.europa.eu,
ines.zuber@europarl.europa.eu

 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Função social da criança

Inês Teotónio Pereira

Não há. É um facto. Nos dias de hoje todos temos funções sociais, reclamam-se funções sociais, questionam-se as funções sociais, refundam-se as funções sociais, debatem-se as funções sociais. E não é só o desgraçado do Estado que está na berlinda. Nesta cruzada estamos todos na berlinda: ora é o papel da mulher, ora é o jovem, ora são os idosos e o seu envelhecimento activo, ora são as empresas e a sua responsabilidade social, ora é a escola, ora é a igreja, ninguém escapa. Cada bicho que anda, pumba, tem logo uma função social. Já não se pode passar pelos pingos da chuva nesta história das funções sociais e assobiar para o ar como se elas não existissem. Elas existem e de que maneira: hoje, todos devemos ser voluntários, colaborantes, cooperantes ou apoiantes de qualquer coisa. Dizem que a sociedade está egoísta e que o fim do mundo está próximo porque a sociedade está egoísta. Pois, não sei. Mas a verdade é que nunca na história a nossa sociedade foi tão solidária como agora. Nunca fomos todos tão funcionalmente sociais como agora. Nunca existiram tantos direitos como agora. Nunca a vida, os idosos, os doentes, os direitos humanos foram tão respeitados e protegidos como agora. E isto porque vivemos numa sociedade em que todos têm funções sociais.
 
No entanto, paira uma dúvida no meu espírito: qual será a função social das criancinhas? Detalhando: elas servem para quê, no presente? Pois bem, não sei.
 
Noutros tempos, as crianças eram peças importantes na engrenagem social, ajudavam e colaboravam com as famílias através de tarefas concretas. Qualquer criança tinha uma função de maior ou menor responsabilidade que podia ser tomar conta dos irmãos, ajudar na horta, na lida, no negócio, nas coisas da casa, fazer companhia à avó, fazer o que fosse preciso. Mas tinham uma função. E tinham muitos deveres, para além dos trabalhos da escola.
 
Mas a verdade é que as coisas mudaram radicalmente. As crianças de hoje servem para nós lhes darmos beijinhos, para gostarmos delas. Mais nada. É essa a função delas. A criança já não é considerada investimento ou uma espécie de capital social da família, perdeu esse valor. Perdeu totalmente o seu valor social. Hoje, a função social da criancinha é apenas e só como aconchego afectivo dos pais. Ela vale apenas e só nessa medida porque, socialmente, é inexistente.
 
Tenho uma história para ilustrar essa disfunção social, uma história que também é passada num supermercado – como a história do Nicolau Santos sobre o menino que queria umas bolachas e a mãe não tinha dinheiro para as comprar; por isso, uma senhora da fila pagou as bolachas do menino, e isto vem provar que o primeiro-ministro não tem sensibilidade social. Ora, a minha história é sobre uma menina grande e forte, com cerca de 14 anos, que queria uma mochila de 50 euros. A mãe disse-he que não tinha dinheiro para aquela mochila e pediu-lhe para escolher outra. A menina disse que queria aquela mochila, só aquela: «Não me podes obrigar a não ter a mochila de que eu gosto.» E a mãe comprou-lhe a mochila. Qual é a função social desta menina? Simples: receber coisas de que gosta e apenas essas.
 
Já ninguém tem filhos como forma de investir no seu futuro, de melhorar a sua vida a médio e a longo prazo, co-responsabilizando os filhos desde pequeninos por todo o funcionamento da família, incluindo o futuro. Não, para isso temos a segurança social (?). Os filhos servem para receberem. Para receberem beijinhos, playstations e as melhores condições possíveis. Por isso é que, hoje em dia, é fundamental ter disponibilidade afectiva e financeira para os ter. Sem essa disponibilidade, o que podemos dar-lhes? E pronto, não há filhos.
 
Mas a pergunta não é essa, a pergunta é: o que podemos receber? É que os filhos não são umas coisas que vêm ao mundo para terem o nosso amor e pronto. Para isso existem os cães e os gatos. Os filhos são pessoas que trazemos ao mundo para nele terem uma função e, de caminho, o nosso amor. Caso contrário, até as árvores seriam um melhor investimento.
 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Não são os portugueses
que têm de escrever e falar «brasileiro».


Este (des)acordo não pode nem deve ser implementado,
 
A BEM DA «LÍNGUA DE CAMÕES». 

Já não é só o Centro Cultural de Belém, instituição de direito privado, sem tutela pública. Ou Serralves. Ou a Casa da Música.Já não são só a generalidade dos jornais que o ignoram: Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Público, i, Diário Económico e Jornal de Negócios, além da revista Sábado.

Já não só os angolanos que se demarcam, ou os moçambicanos. Ou até os macaenses. Sem excluir os próprios brasileiros.
 
Por cá também já se perdeu de vez o respeitinho pelo Acordo Ortográfico. Todos os dias surge a confirmação de que não existe o consenso social mínimo em torno deste assunto.
 
São os principais colunistas e opinadores da imprensa portuguesa. Pessoas como Anselmo Borges, António-Pedro Vasconcelos, Baptista-Bastos, Frei Bento Domingues, Eduardo Dâmaso, Helena Garrido, Inês Pedrosa, Jaime Nogueira Pinto, João Miguel Tavares, João Paulo Guerra, João Pereira Coutinho, Joel Neto, José Cutileiro, José Pacheco Pereira, Luís Filipe Borges, Manuel António Pina, Manuel S. Fonseca, Maria Filomena Mónica, Miguel Esteves Cardoso, Miguel Sousa Tavares, Nuno Rogeiro, Pedro Lomba, Pedro Mexia, Pedro Santos Guerreiro, Ricardo Araújo Pereira, Vasco Pulido Valente e Vicente Jorge Silva.
 
É o ex-líder socialista, Francisco Assis, que se pronuncia sem complexos contra este «notório empobrecimento da língua portuguesa».
 
É o encenador Ricardo Pais, sem papas na língua.
 
É José Gil, um dos mais prestigiados pensadores portugueses, a classificá-lo, com toda a propriedade, de «néscio e grosseiro».
 
É a Faculdade de Letras de Lisboa que recusa igualmente impor o acordo. Que só gera desacordo.
 
Um acordo que pretende fixar norma contra a etimologia, ao contrário do que sucede com a esmagadora maioria das línguas cultas. Um acordo que pretende unificar a ortografia, tornando-a afinal ainda mais díspar e confusa. Um acordo que pretende congregar mas que só divide. Um acordo que está condenado a tornar-se letra morta, no todo ou em parte. Depende apenas de cada um de nós.
 
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É preciso evitarmos ser destruídos por intelectualóides ignorantes e arrogantes que procuram a celebridade com palhaçadas à custa daquilo que Portugal tem de melhor. E os políticos com medo de os chamarem ignorantes (que são) alinham com qualquer fantasia que seja apresentada com ares de inteligência. COITADOS!!!