sábado, 23 de maio de 2015


Contra a lamúria dos exames


Raquel Abecasis, Renascença, 18 de Maio de 2015

Ao contrário do que tem sido repisado nestes últimos dias, os exames não são nem traumatizantes nem inúteis para os alunos.

Esta é a semana grande para os alunos do 4.º e do 6.º ano, que fazem, no caso do 4.º ano, o primeiro exame das suas vidas.

Ao contrário do que tem sido repisado nestes últimos dias, os exames não são nem traumatizantes nem inúteis para os alunos. A verdade é que esta é uma ocasião para os alunos consolidarem os seus conhecimentos no fim de um ciclo de ensino, antes de passarem para uma fase diferente e mais exigente.

Não é verdade que os exames não acrescentem nada à avaliação contínua. Acrescentam experiência numa área a que não podemos escapar ao longo da vida que é a avaliação instantânea. Como sabemos, esta é fundamental em muitas ocasiões da vida: entrevistas de emprego, momentos de confronto, apresentações públicas, etc.

Argumentar que as crianças são muito novas e que o processo dos exames não traz mais-valias é desconhecer por completo o processo de desenvolvimento de uma criança de nove, dez anos, que já tem capacidade para perceber a importância do momento, estudar para ele e até fazer um esforço suplementar para corrigir erros.

Depois há o argumento de um mau momento na hora do exame. Também essa é uma falsa questão, já que a nota dos exames nesta fase, como todos sabemos, é ponderada com a avaliação contínua e pesa apenas 30% na nota final.

Tudo somado, resta dizer que quem contribui e muito para a má prestação dos alunos são os que atacam este método de avaliação e exercem uma pressão negativa nas crianças, sobrevalorizando os naturais «nervos» pré-exame com discursos sobre ansiedade e traumas psicológicos. Ora, aquela pressão é que contribui para ansiedade e traumas despropositados.





domingo, 17 de maio de 2015


Cientistas alertam para os riscos de cozinhar

com tachos anti-aderentes



Cerca de 200 cientistas assinaram recentemente um manifesto onde expressam a sua preocupação sobre o uso cada vez maior de utensílios de cozinha anti-aderentes. De acordo com os investigadores, os tachos e panelas anti-aderentes são fabricados com químicos conhecidos por poli-perfluoroalquilo.

Estes químicos sintéticos podem ser encontrados por todo o ambiente, bem como em tecidos humanos e animais. Segundo defendem os cientistas, estas substâncias podem ser transferidas dos utensílios de cozinha para a comida, bem como para o ar, água e solo.

A lista de eventuais problemas de saúde que estes compostos sintéticos podem causar é bastante extensa. Entre as patologias incluem-se a obesidade, problemas de fígado, cancro dos rins e dos testículos, diminuição da resposta imunitária às vacinas bem como nascimentos de bebés com peso abaixo do normal, escreve oTreeHugger.

A opinião do grupo de cientistas, redigida naquilo a que foi chamado Declaração de Madrid, foi publicada na revista científica Environmental Health Perspectives. No documento, os investigadores pedem aos governos mundiais para restringir o uso destes químicos bem como para pedir aos seus cidadãos para evitarem o seu uso.