sexta-feira, 5 de dezembro de 2014


Comemorando o 8 de Dezembro

Ser mãe. O novo preconceito.



MariAna Ferro (Júdice Moreira)

Estar em casa com os filhos tornou-se um preconceito comum com o aumento do desemprego, das dificuldades e das restrições económicas.

Estar em casa antigamente, quando havia ajudas e irmãos mais velhos e quintas e casas grandes de férias e fim de semana era normal.

A mãe, tomava conta dos filhos, o pai trabalhava.

Hoje, algumas as mães não trabalham não porque não querem mas porque os pais trabalham demais.

É muito simples e tudo se resume ao tempo e a equações.

Se o pai trabalhar até às dez da noite já não vê os filhos, se a mãe trabalhar até às sete da tarde, vê-os duas horas. Este é um cenário.

O outro cenário são dois pais a chegar muito tarde e nenhum os vê e há alguém ou vários alguém que vão buscar, dão banho e jantar e às vezes deitam.

O terceiro cenário é o do pai e da mãe que chegam cedo.

Nenhum dos cenários é certo ou errado, é a vida.

Mas depois há aquele cenário em que a mãe está em casa com os filhos mesmo que um dos filhos ou todos os filhos estejam na escola. Então ela trata da casa e vai busca-los e fica com eles. E isto é o resumo do dia apesar da sua complexidade.

E este é o único cenário vitima de preconceito.

Estar em casa é mal visto.

Este é o meu cenário.

Todos os dias ouço todo o tipo de coisas. Entre essas coisas está a preocupação com o meu intelecto.

Posso estar a estupidificar, posso estar a ficar menos interessante e interessada, as minhas conversas podem estar todas centradas em filhos e fraldas e papas e o meu cérebro pode estar a ser pouco estimulado.

No fundo, ser mãe pode estar a fazer de mim burra.

Aceito que economicamente dois ordenados sejam melhores que um. Aceito que quando bem medido, organizado e planificado compense mais os dois pais trabalharem mesmo que para isso se tenha que recorrer a terceiros e pagar aos terceiros.

Eu amo e eu cuido. Ensino a falar e contar. Dou amor. Alimento. Visto e deito. Dou a mão para não caírem e trato das doenças. Dou mimo e segurança. Dou colo. Educo. Zango-me. Castigo. Ando pelo chão e mascaro-me e tento cumprir expectativas.

Não mereço palmas e muito menos ordenado.

Mas não chamem a isto de ser mãe uma coisa estúpida.





quarta-feira, 3 de dezembro de 2014


Jantar de Natal solidário da ADASCA

Dia 6 de Dezembro de 2014



O êxito deste 1.º jantar solidário da ADASCA depende da vossa participação.

Link: http://aveiro123-portaaberta.blogspot.pt/2014/10/jantar-de-natal-solidario-da-adasca-dia.html

Link: https://www.facebook.com/events/930963013597799/?ref_dashboard_filter=upcoming

«E EU lá estarei então cantando para AJUDAR... Hoje eles, amanhã nós» comentário do cantor Kit Carlos no facebook. Existem poucas pessoas que entendam a dimensão desta frase.

Provavelmente, nem se lembram que nós dadores, somos solidários todos os dias, sempre que for necessário, autênticos bombeiros numa versão mais simpática. Somos constantemente, «assediados» por SNS e e-mails para doar sangue, para nos inscrevermos como potenciais dadores de medula óssea, porque alguém que nem sequer conhecemos corre sério risco de vida. Mas, raros são os que se lembram, para esta associação poder desenvolver a sua missão com alguma eficácia em prol dos que mais necessitam, neste caso os doentes dependentes de componentes sanguíneos, é necessário dinheiro para os cartazes, para os meios de comunicação, para as deslocações, para o telefone, enfim para tudo o que consideramos ser imprescindível.

O mesmo é dizer: pagamos para ser solidários. Sim, porque muitos dirigentes pagam dos seus bolsos para desenvolver as actividades que o Ministério da Saúde ou outra entidade da área deviam fazer. Isso aconteceu e acontece comigo.

Apesar da ADASCA representar cerca de 3 546 dadores associados de pleno direito de acordo com os estatutos, nenhum paga jóias ou quotas. Pedir apoio à Câmara Municipal ou às Juntas de Freguesia... já conhecemos a resposta antecipada: Não há, não temos ou não podemos, outras nem vezes nem sequer nos ouvem.

A verdade é  que o sangue não pode faltar nos hospitais, as nossas actividades não podem ser suspensas.

Esperamos com a realização deste 1.º Jantar de Natal Solidário da ADASCA, que vai decorrer dia 6 de Dezembro de 2014 (conforme o cartaz em anexo) no âmbito da Comemoração do Dia Internacional do Voluntariado, possamos angariar algum dinheiro por forma a podermos fazer face às despesas até final do ano em curso. Foi decidido prolongar as inscrições até dia 6 de Dezembro às 12 Horas, pelo que ainda se podem inscrever...


Actualmente, nesse mundo cheio de egoísmo, fomentado e estimulado por interesses pessoais e narcisistas, a solidariedade é uma virtude imprescindível. Solidário é quem compartilha e reparte. Arrede os véus da indiferença. A solidariedade imaginária não produz frutos, fica-se pelas boas intenções.

Nada tem um impacto mais positivo sobre as pessoas do que nos doarmos aos outros. Karl Menninger, psiquiatra, disse: «As pessoas generosas raramente têm problemas mentais. As pessoas que têm um espírito de doação são as pessoas mais positivas que conheço, pelo facto de que dar é o mais alto padrão de vida». Quanto mais as pessoas dão, melhor é a sua atitude. Dar é o mais alto padrão de vida.

Esta iniciativa é aberta à comunidade. Venham conviver, dar visibilidade e força à solidariedade. Venham passar uma noite de emoção e sabor tradicional. É por uma causa justa, por isso apareçam, e porque não convidar um amigo a vir também...

A ficha de inscrição segue em anexo, também está disponível no site da ADASCA  de onde pode ser impressa. Venham, participem, sejam solidários. As empresas também podem associar-se à iniciativa.

Atenciosamente,
Joaquim Carlos
Liga: 234 095 331 ou 964 470 432
Presidente da Direcção da ADASCA
Site: www.adasca.pt
Blogue: http://aveiro123-portaaberta.blogspot.pt/

NB: Há a possibilidade do pagamento ser efectuado em duas partes, ou por transferência bancária, através do NIB da ADASCA = 0036 0189 99100051821. 35.

Emitimos recibos, desde que nos sejam solicitados, e com os dados considerados necessários para o efeito.

As inscrições podem ser entregues no dia 29 de Outubro das 16:00 horas às 20:00 horas, dias 1, 8, 15, 21 e 29 de Novembro das 09:00 horas às 13:00 horas, ainda nos dias 5, 12 e 26 das 16:00 horas às 20:00 horas datas em que se realiza colheitas de sangue no Posto Fixo.

Temos Cartazes do evento disponíveis para os colegas ajudarem a divulgar.





terça-feira, 2 de dezembro de 2014


Qual a diferença entre impostos

directos e indirectos?


Economia & Finanças

Este blogue está longe de ser lido só por entendidos em Economia & Finanças, estou convencido que estes serão por ventura uma imensa minoria mas uma minoria. O objectivo inicial era precisamente apontar para uma audiência diversificada do leigo ao iniciado, tentando humildemente contribuir para um maior entendimento entre ambos. É nesse sentido que por vezes se tenta fazer por aqui alguma pedagogia explicando conceitos simples que são dados como adquiridos por qualquer economista. Qual a diferença entre impostos directos e indirectos?

A explicação é simples. Designam-se por directos todos os impostos que incidem directamente sobre o rendimento apurado para um agente económico num determinado período de tempo, seja ele dos indivíduos, seja das empresas. Em Portugal há apenas um imposto directo que me ocorra, os Impostos sobre o Rendimento, chamado de IRS para as pessoas Singulares e de IRC para as pessoas Colectivas.

Em regra os restantes impostos – os que não incidem sobre os rendimentos mas antes sobre o consumo como sejam o Imposto sobre o valor acrescentado, o Imposto sobre os produtos petrolíferos, o Imposto sobre os veículos, o Imposto sobre o Tabaco, entre outros – são impostos indirectos.

Quando ouvir falar em descer impostos directos e subir indirectos já sabe do que se fala.

Há uma característica dos impostos indirectos que não me agrada particularmente, funcionam como a picada de uma melga: o processo de cobrança de sangue é precedido de um anestesiante local. Eu preferia ter uma noção mais clara de quando e quanto estou a contribuir financeiramente para o Estado mas sei que há seguramente muito mais gente a ter uma ideia razoavelmente aproximada de quanto contribui através dos impostos que incidem sobre o seu rendimento, mas haverá muito poucos a ter a noção de quanto pagam através da globalidade dos impostos indirectos. Uma coisa é olhar para uma factura, outra coisa é chegar ao fim do ano e olhar para uma folhinha onde está, por exemplo, o total anual de retenções na fonte em sede de IRS. Estamos na âmbito da psicologia ou lá perto… Notem que é precisamente por isso que tem sido politicamente menos penoso mexer em alta nestes últimos do que nos primeiros.

Naturalmente há uma enorme discussão sobre muitos outros aspectos e implicações de cada tipo de impostos, suas vantagens e desvantagens de acordo com o ciclo e condicionantes de cada país, mas essa é uma discussão que nos levará já a outro nível de definição bem mais detalhada que ultrapassa o mero conceito que julgo estar dado.





segunda-feira, 1 de dezembro de 2014


Aluguer de contadores de água, luz e gás

acaba no dia 26 de Maio de 2015


Os consumidores vão deixar de pagar os alugueres de contadores de água, luz e gás a partir de 26 de Maio próximo. Nesta data entra também em vigor a proibição de cobrança bimestral ou trimestral destes serviços, segundo um diploma que foi ontem publicado na edição do Diário da República.

A factura de todos aqueles serviços públicos vai ser obrigatoriamente enviada mensalmente, evitando o acumular de dois ou três meses de facturação, indica a Lei 12/2008, ontem publicada no boletim oficial e que altera um diploma de 1996 sobre os «serviços públicos essenciais».

A nova legislação passa a considerar o telefone fixo também como um serviço essencial e inclui igualmente nesta figura as comunicações móveis e via Internet, além do gás natural, serviços postais, gestão do lixo doméstico e recolha e tratamento dos esgotos. O diploma põe fim à cobrança pelo aluguer dos contadores feita pelas empresas que fazem o abastecimento de água, gás e electricidade.

Também o prazo para a suspensão do fornecimento destes serviços, por falta de pagamento, passa a ser de dez dias após esse incumprimento , mais dois dias do que estava previsto no actual regime.

Outra mudança importante é o facto de o diploma abranger igualmente os prestadores privados daqueles serviços, classificando-os como serviço público, independentemente da natureza jurídica da entidade que o presta.