sábado, 8 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Comunicado da Santa Sé
No comunicado divulgado hoje, afirma-se que «segundo os procedimentos particulares previstos para as partes da convenção, a Santa Sé toma nota das observações conclusivas sobre os próprios relatórios, os quais serão submetidos a estudo e exames minuciosos no pleno respeito da convenção nos diferentes âmbitos apresentados pela comissão em conformidade com o direito e a prática internacional, tendo também em conta o debate público interactivo com a comissão realizado a 16 de Janeiro de 2014».
«Todavia, a Santa Sé lamenta ver nalguns pontos das observações conclusivas uma tentativa de interferir no ensinamento da Igreja Católica sobre a dignidade da pessoa humana e na prática da liberdade religiosa», acrescenta o texto.
O comunicado precisa finalmente que «a Santa Sé reitera o seu compromisso em defesa e protecção dos direitos da criança, em sintonia com os princípios promovidos pela Convenção sobre os direitos da criança e segundo os valores morais e religiosos oferecidos pela doutrina católica».
Tolerância zero
Numa recente entrevista publicada na Rádio Vaticana, o núncio ante a ONU em Genebra, o arcebispo Silvano Tomasi, rejeitou as acusações de que o Vaticano tenha obstaculizado as investigações a sacerdotes católicos acusados de abusos sexuais contra menores.
«As acusações que a Santa Sé obstaculizou a actuação da Justiça parecem-me gratuitas. Impedir um país de aplicar a sua jurisdição seria uma interferência ilegal e injusta», disse Dom Silvano Tomasi.
Recentemente, o director da sala de imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, assegurou que o maior defensor das crianças é o Santo Padre: «Que chefe dos 193 Estados do comité da convenção sobre os Direitos da Criança pode representar melhor testemunho e eficaz aval que o Papa Francisco e o seu amor tão forte pela infância?», questionou.
Depois de lamentar os casos de abusos sexuais cometidos por membros do clero, o sacerdote recordou que os últimos Papas e os organismos competentes do Vaticano trabalharam e trabalham arduamente para «o estabelecimento de normas e directrizes rigorosas e eficazes para curar, resistir e prevenir os graves fenómenos de abuso sexual contra menores de idade», o que inclui «a actualização das leis do Estado da Cidade do Vaticano em assuntos penais».
Seguindo os passos de seu predecessor, Bento XVI – que estabeleceu uma série de normas rigorosas para lutar contra os abusos sexuais, assim como com a política de tolerância zero – o Papa Francisco já deu importantes passos neste assunto, como a criação de uma comissão para tratar este problema, e apoia e promove o trabalho da Igreja em todo mundo para garantir os direitos e o bem-estar das crianças.
Abusos: Clara resposta do Vaticano à ONU
e firme compromisso pelas crianças
O gabinete de imprensa da Santa Sé divulgou um comunicado no qual responde claramente às acusações da ONU feitas hoje num relatório no qual se afirma que supostamente o Vaticano permitiu o abuso de «milhares de crianças» (embora a presidente do Comité, Kirsten Sandberg, admitisse não ter um número concreto). Diante destas declarações, a Santa Sé reiterou o seu compromisso na defesa e protecção da infância.
O comunicado da Santa Sé saiu logo depois de um relatório – apresentado por alguns meios de imprensa seculares como a agência Associated Press (AP) como «devastador» – no qual o comité para os Direitos da Criança da ONU «criticou severamente o Vaticano com as suas atitudes em relação à homossexualidade, o planeamento familiar e o aborto, e pediu que se revissem as suas políticas para assegurar que se protejam os direitos das crianças e o seu acesso à saúde».
O relatório do organismo internacional refere que «o comité está profundamente preocupado com o facto de a Santa Sé não reconhecer o alcance dos crimes cometidos, que não tenha dado os passos necessários para proteger as crianças e que tenha adoptado um comportamento e tomado decisões que levaram à continuação dos abusos e à impunidade dos predadores».
A AP assinala também que «é muito provável que essas recomendações (do comité da ONU) sejam desprezadas pelo Vaticano, que tem essa divergência histórica com as Nações Unidas em temas como a saúde reprodutiva».
Austen Ivereigh, fundador e líder do grupo internacional Vozes Católicas, comentou que o relatório da ONU é uma «mostra estremecedora de ignorância e elevada parcialidade».
Do mesmo modo, indica a AP, o líder católico referiu que o documento não reconhece o progresso que se fez em anos recentes e que em muitos lugares a Igreja é considerada líder na protecção aos menores. Também disse que o comité não distinguiu entre as responsabilidades e jurisdição da Santa Sé e das Igrejas locais.
«Nalguns casos (o relatório) tenta mudar os ensinamentos da Igreja e diz como interpretar as Escrituras, o que certamente vai além da jurisdição da ONU e contradiz as leis internacionais sobre liberdade religiosa», acrescentou.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Hollande recua perante defensores da família
A manifestação que no
passado domingo reuniu centenas de milhares de pessoas nas ruas de Paris e de
Lyon, em protesto contra a lei antifamília do Governo francês, levou Hollande a
recuar.
A nova lei
visava, entre outras coisas, legalizar a reprodução medicamente assistida para
invertidos e lésbicas. Actualmente estes procedimentos só são permitidos para
casais casados e com problemas de fertilidade.
Com a nova lei a
inseminação artificial, no caso de lésbicas, e as barrigas de aluguer, para
invertidos, seriam legalizadas.
Inicialmente o Governo
tentou apaziguar a oposição dizendo que as medidas não iam fazer parte da nova
lei, mas dissidentes socialistas vieram a público dizer que se o Governo as
abandonasse tentariam emendar a lei para as inserir novamente. Perante esse
facto Hollande recuou, dizendo que a nova lei das famílias não será apresentada
até ao final do ano.
As manifestações organizadas pelo movimento «Manif pour
Tous», que se formou o ano passado em oposição à legalização do chamado
«casamento» dos invertidos, alcançaram assim o seu objectivo.
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