Hélio Dias Viana, IPCO, 28 de Fevereiro
de 2017
Na Finlândia, país
nórdico com cerca de 5 400 000 habitantes, o Parlamento [foto acima]
acaba de rejeitar, por 120 votos contra 48, um abaixo-assinado no qual 106 000
finlandeses pediam que o casamento entre um homem e uma mulher continuasse a
ser o único reconhecido pela legislação do país.
Informaram à Agência
Boa Imprensa os Srs. Jukka-Pekka Rahkonen e Pasi Turunen, líderes da
associação Aito Avioliitto (Casamento autêntico), que
estiveram à frente do referido abaixo assinado.
«A onda conservadora ainda não
chegou à Finlândia. A luta acaba de começar. Estamos desapontados, mas não derrotados»,
declarou Rahkonen. [foto abaixo]
Ele prosseguiu: «Na
Finlândia não temos uma lei de referendo. Se tivéssemos, as coisas teriam sido
diferentes. A maioria do povo finlandês ainda é conservadora e, conforme
pesquisa de 2014, a favor do casamento tradicional. São as elites culturais e
políticas, juntamente com os média, que estão promovendo o ‘casamento’
homossexual».
Jukka-Pekka Rahkonen |
«Mas as coisas vão
mudar. Começámos agora a lutar para manter a liberdade de expressão e a
liberdade de educar os nossos filhos com valores conservadores. A verdadeira
luta deveria ter sido iniciada há 10 ou 20 anos. Realmente é um declive
escorregadio e devemos ser mais audazes. A indolência é uma maneira 100% certa
de perder a luta», concluiu.
Por sua vez, Pasi Turuni
declarou: «É claro que esta decisão é uma decepção para muitos que
tinham feito campanha incansavelmente pelo autêntico casamento. No entanto, não
foi uma surpresa ter acabado assim. Tornou-se óbvio, ao longo do tempo, que há
políticos radicais que não se preocupam realmente com argumentos racionais
sobre o que é o casamento, sobre os direitos das crianças, sobre o significado
de mãe e pai para uma criança. […] Como Estado membro da ONU e signatária
vinculante da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, a
Finlândia deveria ter preparado essa avaliação ao aprovar esta lei».
Turuni [foto abaixo]
acrescentou que «há factos que nenhuma lei pode mudar: os homens
continuam sendo homens e as mulheres continuam sendo mulheres e só as uniões
entre um homem e uma mulher podem produzir prole. Isto não muda. O casamento entre
um homem e uma mulher sustenta toda a sociedade e leva-a mais longe. Isto não
muda. As crianças têm o direito natural de ter uma mãe e um pai e somente a
união de um homem e uma mulher pode sustentar este direito de nascimento de uma
criança no casamento. Dois homens não podem ser uma mãe nem duas mulheres podem
ser um pai de uma criança. Estes factos não mudam».
Pasi Turunen |
Afirmou ainda que a
nova lei, que entrará em vigor no próximo dia 1 de Março, «só pode
ofuscar a verdade sobre o casamento, e trará confusão e desafios às escolas e
aos lares, bem como à liberdade religiosa e de expressão».
Mas garantiu: «A
Associação Aito Avioliitto vai continuar a trabalhar e
defender o valor do casamento autêntico como uma união de um homem e uma
mulher. Vamos participar na discussão cívica na praça pública, fazer com que a
nossa voz seja ouvida nas questões legais, defender o casamento, e resistir a
quaisquer tentativas de silenciar aqueles que defendem a verdadeira definição
de casamento como uma união conforme estabelecido por Jesus Cristo.»