quinta-feira, 2 de abril de 2015
13 atitudes de elegância na vida em sociedade
Ao não invocarem aplausos ou compensações imediatas, esses actos de virtudes gratuitos, corriqueiros e discretos são um meio seguro de desenvolver o próprio carácter, melhorar a vida em sociedade e podem até transformar os «caminhos da terra em caminhos divinos.» Veja aqui 13 dessas atitudes e veja se lhe falta ainda alguma por desenvolver.
1 – Bondade para perdoar os defeitos dos outros mesmo não recebendo o mesmo perdão ou a mesma consideração dos outros.
2 – Discrição para não observar, demorar-se e comentar os defeitos dos outros, mesmo os mais evidentes.
3 – Um pouco de empatia com os mais tristes para diminuir-lhes a rejeição.
4 – Saber aproveitar os momentos alegres: criando-os, dando-lhes prosseguimento ou aumentando-os santamente é claro. Histeria por piadas ou consumismos não é a verdadeira alegria.
5 – Agilidade mental para acompanhar as ideias dos amigos retornando-lhes com achegas, comentários ou atenção que os edifique, eduque, os acompanhe, etc.. Que o mesmo não aconteça connosco. Ter a generosidade de aplaudir as ideias de outras pessoas sem ter inveja e alegrar-se por isso é uma qualidade raríssima.
6 – Solicitude que vê a necessidade do outro e as antecipa para evitar constrangimentos e procura de qualquer modo, poupar o amigo de sentimentos que o embaraçariam ou de ter que pedir algo difícil ou humilhante.
7 – Compreender que quem dá está em posição de superioridade e isso pode constranger e, portanto, a caridade faz-se sempre de forma discreta.
8 – Generosidade do coração que nos torna sempre prontos e disponíveis para fazermos mais do que o que estaríamos obrigados a fazer. Inclusive no que se refere a essas pequenas coisas quotidianas. Ou seja, a pessoa virtuosa, mesmo tendo cumprido o seu dever procura fazer mais.
9 – Uma tranquila afabilidade que atente bem os inconvenientes sem mostrar-se aborrecido.
10 – Uma pessoa educada e virtuosa instrui os ignorantes e os desavisados sem críticas ou reprovações ríspidas ou agressivas. E não deixa de dar um aviso a um amigo sobre coisas que – se no momento não parecem importantes – podem vir a sê-lo no futuro. Como são os modos que escandalosos inicialmente a pretexto de serem «engraçados», e que se vão tornando vulgares e depois permissivos e até perigosos. Ou essas amizades que se iniciam em boleias do trabalho ou inocentes conversas, mas que podem levar a adultério, etc. Avise sempre: seja perseverante, ramela no olho, ou o modo de vestir, ou comportamento inapropriado para o trabalho, e ou o cargo ou condição social da pessoa. Quem avisa amigo é.
11 – Mostra boas maneiras, mas não como quem consome produtos caros para se distinguir dos demais, nem como quem aprende a dissimulação dos que se consideram superiores ou fazem da vida malabarismos sociais, mas porque compreende que as boas maneiras podem ser a nossa primeira expressão da caridade. Tendo modos cristãos tendemos a ter o amor e a caridade de Cristo.
12 – Não exigir de alguém que estragou o seu trabalho ou o perturbou é também divino. Perdoar uma grande ofensa é divino, mas pode gerar admiração e assim teve a sua paga. Já o perdão quotidiano desses pequenos inconvenientes que os outros nos trazem, seja pelo seu modo de ser ou por defeitos que nos incomodam quando é arrumado contribui muito para a não poluição dos relacionamentos em sociedade. É por isso que o perdão das pequenas coisas pode tornar-se ainda mais santificador: pela frequência e porque ao não gerar admiração humana são ainda mais forjadores de um carácter generoso.
13 – Manter o domínio sobre si mesmo é hoje uma das acções mais edificantes que podemos praticar: não à dependência do celular, da internet, das drogas, da bebida, do aplauso, da compensação gastronómica, etc. Afinal é o egoísmo, esse amor desordenado por nós mesmos, que nos faz procurar a última moda. E essa busca de si mesmo desenfreada é uma forma de bestialização, de redução de si mesmo. Ser humano é ter domínio de sí mesmo e escolher o que se é, e não seguir qualquer constrangimento.
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