João Silveira
Edite Estrela é a autora dum relatório que, caso
tivesse sido aprovado no hemiciclo do Parlamento Europeu, teria que ser levado
à prática na União Europeia. As medidas passavam por:
– legalizar o aborto em todos
os países (estariam sobre ataque cerrado os poucos países onde o aborto não é
legal);
– acabar com a ideia de que os
pais são os primeiros educadores e não o Estado;
– educação sexual obrigatória
em todas as escolas (falar de masturbação a crianças dos 0 aos 4 anos, por
exemplo);
– o fim da objecção de
consciência por parte dos médicos, que passariam a ser obrigados, a bem ou a
mal, a fazer abortos, mesmo sabendo que estavam a matar crianças indefesas.
Rapidamente surgiu uma
movimentação de cidadãos europeus indignados com tudo isto (o que raramente
acontece). O resultado foi o melhor possivel, e o estudo foi remetido à
precedência.
Perante esta derrota, diz
Edite (que quer ser uma estrela):
«Houve aqui uma grande
mobilização das forças mais conservadoras, dentro e fora do Parlamento.
Recorreram a todos os meios para que este relatório não fosse aprovado. É
preciso saber que são forças que se estão a mobilizar: mobilizaram-se em
França, e estão a mobilizar-se em vários países, para que haja retrocessos na
legislação. Apelo aos cidadãos esclarecidos e progressistas que não se
abstenham e que votem, porque o que se decide no Parlamento Europeu tem
consequências ao nível da legislação nacional e da vida de cada pessoa.»
Nisto a euro-deputada tem
toda a razão, o que eles decidem por lá afecta-nos por cá. Obrigado a todos os
que ajudaram nesta vitória. Até breve!