quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ideia do «filho não desejado»
é estratégia feminista para promover o aborto

A Fundação Vida em Misericórdia, de Bogotá, criticou a feminista Florence Thomas por justificar o aborto para acabar com os chamados "filhos não desejados". A fundação considera que esta estratégia permitiu às feministas impor uma prática que acaba com a vida de seres inocentes e que rende a elas benefícios económicos.

John Ferney Valencia criticou as declarações de Thomas num programa televisivo, onde ela disse que não deveria nascer nenhuma criança não desejado porque só o amor de uma mãe "humaniza" o feto.

Thomas acrescentou que se for permitido que as mulheres abortem quando "não desejam os seus filhos" obter-se-ia uma sociedade com mais "filhos desejados", porque ao "libertá-la dessa suposta carga teriam uma melhor experiência de maternidade e a sociedade seria quase um paraíso.

Ferney Valencia recordou que a estratégia do feminismo radical foi difundir a ideia de que um filho não pode não ser desejado. "É preciso sublinhar que os filhos são chamados 'não desejados' antes de mais nada porque nos ensinaram a chamá-los assim. Quando eles nascem nos perguntam se quisemos concebê-los ou não e a estatística os etiqueta dessa maneira para o resto da vida, nós simplesmente respondemos a pesquisa dizendo: sim ou não, assumindo essa classificação como algo normal", indicou.

Entretanto, advertiu que isto foi parte da estratégia para promover o aborto como "libertação" da mulher, pois jogaram a culpa da pobreza e de ser uma carga ao não nascido.

O feminismo que encarna Florence beneficia disso, afirma o perito ao explicar que os abortistas beneficiaram com o discurso maternidade-pobreza, já que foi "a fachada perfeita para promover o aborto sem fazer evidente o controle natal que se esconde atrás dele".

"Tristemente quando Florence sugere que só nasçam os 'filhos desejados', está promovendo a morte dos filhos dos pobres, e uma cultura que despreza a vida, como se torna evidente na França, onde abunda a esterilidade, e as pessoas preferem gastar milhões nas suas mascotes antes que arruinar sua vida com um incómodo filho. Por isso o feminismo de género deverá pedir perdão e dar contas à sociedade".

Secretário de Estado italiano da Família
diz que adopção por gays
favorece tráfico de crianças


Governo italiano não está disposto
a avançar com a medida

O Secretário de Estado italiano com a responsabilidade das políticas para a família, Carlo Giovanardi, acredita que a adopção de crianças por parte de casais homossexuais favorece o tráfico de crianças.

Citado pela EFE, o político do partido de Silvio Berlusconi referiu que nos países onde a adopção por gays é permitida, como os EUA ou o Brasil, «explodiu a venda de meninos e meninas».

«É algo que este governo nunca consentirá e que quero denunciar aqui», disse.

Para o Secretário de Estado, «impor a uma criança adoptada dois pais do mesmo sexo significa submetê-la a uma violência psicológica» assinalável.

«Uma criança tem o direito de crescer num contexto onde as figuras paterna e materna são complementares entre elas e garantem à criança um crescimento equilibrado».

Comunicado da Associação Portuguesa
de Famílias Numerosas

Mais um tiro contra a família, a natalidade
e o futuro do País!

As recentes alterações às regras e montantes atribuídos em sede de apoios sociais são mais um claríssimo atentado às famílias com filhos.
Lembramos que:
• Em Portugal, as famílias com filhos a cargo, em especial as famílias numerosas, são as que têm maiores índices de pobreza e são as que sofrem mais privações económicas – todos os indicadores o mostram claramente;
• São também as mais vulneráveis a alterações nos rendimentos da família motivadas por situações de baixa de salários, desemprego, doença e outras;
• Contudo, todas as alterações já aprovadas e em projecto vêm diminuir de forma particularmente acentuada e desproporcional em relação aos outros agregados o rendimento per capita disponível.
• Portanto: Não existe, neste momento, nas actuais políticas qualquer preocupação de equidade no tratamento das famílias com filhos, em especial das famílias numerosas.
As alterações introduzidas ao nível das prestações sofrem ainda de uma clara má avaliação, pois:
1. Ao alterar na forma a capitação do rendimento, “enriquecendo” de forma artificial as famílias com filhos, tanto mais quanto maior o seu número, vai fazer com que, com o mesmo rendimento, a grande maioria dos agregados subam de escalão, deixando muito deles de receber quaisquer prestações – sendo que a grande maioria destes agregados não são ricos nem têm folgas financeiras;
2. Passam a entrar em linha de conta com uma série de rendimentos presumidos – rendimentos que não existem mas que o Estado define que é como se existissem;
3. Familias que adoptem comportamentos que deveriam ser de encorajar e proteger são brutalmente penalizadas: exemplo disso são as famílias que, tendo o mesmo rendimento que outras, fizeram uma gestão muito criteriosa dos seus recursos e conseguiram poupar ou aquelas que decidiram acolher em casa os seus avós. Em ambas as situações, para estas famílias as actuais alterações vão representar ou a diminuição ou a perca das prestações.
Sendo Portugal o país no Mundo que está a envelhecer mais rapidamente e constituindo este aspecto um factor de grande redução da sustentabilidade económica e social do país, comprometendo de forma particularmente grave o futuro, mais difícil se torna compreender como não só não se assiste à construção de um plano que permita alterar este estado de coisas como, pelo contrário, as famílias com filhos, em particular as numerosas, aquelas que, contra tudo e contra todos, ainda dão algum sentido à palavra “Futuro”, sejam especialmente sobrecarregadas com o ónus da actual situação.
Assim, tendo em conta que:
• as famílias numerosas representam apenas cerca de 4,5% dos agregados familiares, mas que têm 25% das crianças e jovens do país a seu cargo;
• são os agregados que sofrem mais restrições financeiras, sendo penalizadas em diversos âmbitos;
• são as mais vulneráveis a situações de crise;
exige-se que o Governo explique porque razão são elas as que, de forma desproporcional, mais vão sofrer com todas as alterações que estão a ser introduzidas, comprometendo seriamente o futuro do país.
Lisboa, 1 de Novembro de 2010