A Fundação Vida em Misericórdia, de Bogotá, criticou a feminista Florence Thomas por justificar o aborto para acabar com os chamados "filhos não desejados". A fundação considera que esta estratégia permitiu às feministas impor uma prática que acaba com a vida de seres inocentes e que rende a elas benefícios económicos.
John Ferney Valencia criticou as declarações de Thomas num programa televisivo, onde ela disse que não deveria nascer nenhuma criança não desejado porque só o amor de uma mãe "humaniza" o feto.
Thomas acrescentou que se for permitido que as mulheres abortem quando "não desejam os seus filhos" obter-se-ia uma sociedade com mais "filhos desejados", porque ao "libertá-la dessa suposta carga teriam uma melhor experiência de maternidade e a sociedade seria quase um paraíso.
Ferney Valencia recordou que a estratégia do feminismo radical foi difundir a ideia de que um filho não pode não ser desejado. "É preciso sublinhar que os filhos são chamados 'não desejados' antes de mais nada porque nos ensinaram a chamá-los assim. Quando eles nascem nos perguntam se quisemos concebê-los ou não e a estatística os etiqueta dessa maneira para o resto da vida, nós simplesmente respondemos a pesquisa dizendo: sim ou não, assumindo essa classificação como algo normal", indicou.
Entretanto, advertiu que isto foi parte da estratégia para promover o aborto como "libertação" da mulher, pois jogaram a culpa da pobreza e de ser uma carga ao não nascido.
O feminismo que encarna Florence beneficia disso, afirma o perito ao explicar que os abortistas beneficiaram com o discurso maternidade-pobreza, já que foi "a fachada perfeita para promover o aborto sem fazer evidente o controle natal que se esconde atrás dele".
"Tristemente quando Florence sugere que só nasçam os 'filhos desejados', está promovendo a morte dos filhos dos pobres, e uma cultura que despreza a vida, como se torna evidente na França, onde abunda a esterilidade, e as pessoas preferem gastar milhões nas suas mascotes antes que arruinar sua vida com um incómodo filho. Por isso o feminismo de género deverá pedir perdão e dar contas à sociedade".