sábado, 26 de julho de 2014


A arte de viver a dois




A arte de viver a dois, a experiência de construir a felicidade


Na vida a dois, a experiência da convivência  tende a fazer-nos mais flexíveis às situações que, em tempos anteriores, jamais cogitaríamos fazer qualquer tipo de ponderação. E nesse desafiante processo que se iniciou na família e com os amigos, atinge a sua plenitude quando nos dispomos a vincular as nossas vidas. Nessa disposição de coração, saímos mais maduros.

Para tanto, se desejamos fecundar os vínculos com quem convivemos, o acto da reconciliação é uma disposição de coração que vai nos acompanhar não apenas no casamento, mas em todos os relacionamentos. Nutrir os sentimentos de alguém e mantê-los vivos é uma tarefa que exigirá dedicação, comprometimento e equilíbrio. Para isso, não se torna necessário alguém anular-se ou viver aquilo que o outro deseja que seja vivido.

As demonstrações de carinho no tratamento e na vivência do romantismo são também atributos de alguém apaixonado.

Contudo, encontrar alguém que esteja disposto a partilhar as coisas mais comuns do dia-a-dia, parece ser uma tarefa difícil de realizar. E a frustração de muitos relacionamentos está no facto das pessoas perceberem que, apesar de terem vivido muitos outros momentos, nenhum desses eventos foi suficientemente duradouro como gostaria.

Este trabalho tem o objectivo de iluminar algumas situações para aqueles que se colocam a caminho dessa emocionante descoberta; desde o inicio do namoro –  focando algumas situações que poderão necessitar atenção especial para não comprometer a felicidade almejada – até à vida quotidiana conjugal e suas exigências particulares.


Adquira: A arte de viver a dois
Dado Moura

Ou






sexta-feira, 25 de julho de 2014


Boicote estas marcas !



Quem financia o declínio da Civilização ocidental?

A cadeia da McDonalds está no topo da lista das empresas que mais patrocinam programas de televisão sexualmente decadentes.

As empresas da lista aqui apresentada são os piores criminosos em cada categoria, e McDonalds, YUM! Brands, e Toyota Motor Sales Inc., em particular, têm sido os principais financiadores de estações americanas promovendo a decadência moral.

Particularmente chocante é a publicidade da McDonalds, centrada na criança.

O último relatório do Watchdog TV, lançado em Maio, destaca as empresas que anunciam em programas que incluem brincar sobre o incesto, estupro, pedofilia, glorificação do adultério, palavrões, a violência brutal, incluindo o canibalismo, e carnificina de feitiçaria.

A lista foi elaborada por associações de família americanas.

Apresentamos aqui as marcas operando em Portugal.

McDonalds
YUM!
Mars
Colgate Palmolive
Virgin
Time Warner
Sony
Toyota
Samsung
Red Bull
Unilever
AT & T
Microsoft
L'Oreal
Hyundai





quinta-feira, 24 de julho de 2014


Filhos da sorte


Inês Teotónio Pereira, Ionline, 19 de Julho de 2014

Há quem queira ter muitos filhos e não possa por variadíssimas razões, e há mesmo quem não queira encher a casa de crianças e não é por isso menos corajoso que um pai de meia dúzia

Esta semana o Observador fez uma reportagem com o título «A coragem de ter muitos filhos». Entrevistou três famílias com mais de quatro filhos, vasculhou nos hábitos, nas rotinas e nas opções dos pais e fotografou as crianças para a prosperidade. Estas reportagens são recorrentes e aparecem ao mesmo ritmo que os inquéritos sobre a literatura que os famosos levam para as férias.

Os leitores são curiosos e, como dizia Eça de Queiroz, qual é o interesse do pôr do Sol no Monte Everest em comparação com o drama da família do 3.º esquerdo? Nenhum. Nada de novo, portanto, e a crise da natalidade é um bom mote para este tipo de reportagens. O leitor quer saber o porquê de tantos filhos, quais as dificuldades, quais as motivações que levam a tanta reprodução, como se organiza o dia-a-dia dos pais e dos filhos e ler um ou outro testemunho de felicidade. E o leitor nunca é surpreendido: em nenhuma destas reportagens os pais estão arrependidos do tamanho da prole, não querem doar nenhum dos filhos, e há quase sempre uma motivação divina por detrás da reprodução. A felicidade, essa, irradia através das fotografias. Quem não tem muitos filhos rói as unhas de desalento ao ler estas prosas e estes testemunhos de felicidade, da mesma forma que os menos endinheirados se torcem de inveja quando as revistas revelam a vida dos ricos, o tamanho das mansões em que habitam e a cilindrada dos carros que conduzem. Nestas reportagens, filhos ou carros cumprem a mesma função.

O objectivo destas prosas é apresentar aos leitores exemplos de sucesso e modelos familiares: a mensagem pouco subliminar é mostrar que quanto mais filhos melhor, pois as dificuldades adjacentes superam-se. E não, os testemunhos não são de famílias que vivem num 3.º esquerdo de um bairro social, essas entram no capítulo das reportagens sobre a crise social e cultural. Estas famílias corajosas que dão mote às inúmeras reportagens sobre a crise da natalidade são bonitas, letradas e só passam por bairros sociais.

O Observador, dando como exemplo estas famílias, destacou ainda assim a coragem de ter muitos filhos. Em oposição, temos então os medricas que têm poucos filhos e percebemos com a ajuda deste adjectivo que a questão da natalidade afinal é uma questão de bravura. Exibe-se assim o triunfo dos pais rodeados de crianças como se estas fossem troféus da batalha da vida. Seguindo esta lógica, observamos através do Observador que os bravos somos nós, pais de uma prole imensa, que vivemos num eterno desassossego e no incómodo drama de saber como transportar todos os filhos no mesmo carro, como organizar os banhos no final do dia e como conciliar tudo isto com as reuniões fora de horas e com alguma vida social. Do outro lado está o resto o mundo, composto pelos pais de coragem mediana que da batalha da vida só conseguiram gerar um casal de filhos ou três exemplos de crias motivados pela busca da menina que faltava.

Só que a realidade não é esta. Ter muitos filhos é uma opção. Apenas isso. E quando essa opção pode ser concretizada quer dizer que os pais tiveram sorte e não coragem. Há quem queira ter muitos filhos e não possa por variadíssimas razões e há mesmo quem não queira encher a casa de crianças e não é por isso menos corajoso que um pai de meia dúzia. Quem quer e pode ter muitos filhos não é corajoso, é sortudo. Os exemplos de heróis são outros. São os pais que se levantam às seis da manhã para acudir a dois empregos, que têm filhos com problemas sérios, que transportam as crianças em transportes públicos, que não têm como pagar os ATL nas férias e que conseguem ser felizes apesar das dificuldades que não conseguem superar. O país está cheio de heróis destes, com muitos e poucos filhos; já as reportagens sobre famílias numerosas estão cheias de famílias sortudas. Tudo o resto, a felicidade que emanam umas e outras famílias, é pura especulação.





terça-feira, 22 de julho de 2014

Marcelo, Miguel, o BES e nós


João Miguel Tavares

Pergunta do milhão de euros: como é possível que um caso com a dimensão do BES só se conheça agora? Como é possível que nós, gente dos jornais e da comunicação social, tenhamos tido ao longo dos anos notícia de tantas pontas soltas – basta ver o número de casos em que o banco esteve envolvido –, mas ninguém tenha sido capaz de unir as várias pontas e perceber aquilo que realmente se estava a passar?

A resposta é óbvia: porque a família Espírito Santo é demasiado grande e o país demasiado pequeno. Enquanto a família esteve unida, formou um bloco inexpugnável, pela simples razão de que o seu longo braço chegava a todo o lado, incluindo partidos (alguém já ouviu António José Seguro, sempre tão lesto a dar palpites sobre tudo, comentar o caso BES?), comunicação social (quem não se recorda do corte de relações com o grupo Impresa em 2005, na sequência de notícias sobre o envolvimento do BES no caso Mensalão?) e até aos próprios comentadores, por via das relações pessoais que Ricardo Salgado mantém com gente tão influente quanto Marcelo Rebelo de Sousa ou Miguel Sousa Tavares.

Ora, ninguém à face da terra possui uma independência inexpugnável. Isso não significa que todos tenhamos um preço – significa apenas que somos condicionados por relações de amizade ou de sangue e que nesse campo uma família de 300 membros, que há décadas se move na alta sociedade portuguesa como peixe na água, acaba por chegar a quase toda a gente que interessa. O próprio Sousa Tavares referiu essas ligações há um ano, numa entrevista à Sábado: «O Ricardo Salgado é sogro da minha filha e avô de netos meus. Além disso, somos amigos há muitos anos, porque eu fui casado com uma prima direita dele. Nunca o critiquei e nunca o elogiei, porque acho que não se fala da família em público.» Pode apontar-se a Miguel Sousa Tavares muita coisa – eu já o fiz –, mas não falta de independência ou coragem. Simplesmente, quando o caso BES atinge esta dimensão, o silêncio de alguém com a sua importância torna-se efectivamente um favor a Salgado. Não há como fugir a isso.

Mas se Sousa Tavares não fala sobre o tema e já justificou porquê, o mais influente comentador português – Marcelo Rebelo de Sousa – necessita urgentemente de aproveitar algum do seu tempo dominical para fazer a sua declaração de interesses em relação aos Espírito Santo. E essa declaração é tanto mais premente quanto nas últimas semanas tem vindo a defender a solução Morais Pires, considerando até que a impressionante queda das acções do BES na passada semana era coisa «inevitável», visto estarmos perante «um novo ciclo». Que essa queda tenha acontecido exactamente por não estarmos perante um novo ciclo parece não ter passado pela sua cabeça, habitualmente tão veloz e atenta.

Não admira, pois, que Nicolau Santos tenha chamado a atenção no Expresso para o facto de Marcelo e Ricardo Salgado já terem passado juntos «várias vezes férias no Mediterrâneo». E já agora – acrescento eu – que Rita Amaral Cabral, há longuíssimos anos companheira de Marcelo, como é público, seja actualmente administradora não executiva do BES, e, entre 2008 e 2012, um dos três membros da comissão de vencimentos do banco. Marcelo, como todos sabemos, nunca teve quaisquer problemas em criticar aqueles que lhe são próximos. Mas há factos que devem ser verbalizados – porque é precisamente destes pequenos segredos que vive o regime que nos trouxe até aqui.





segunda-feira, 21 de julho de 2014


Aos médicos, profissionais da saúde

e estudantes da saúde



Dear friend,

If you are medical professional or student I would like suggest you to support and subscribe the Dublin Declaration. If you are not, we ask you to spread it.

The
 Dublin Declaration states that direct abortion is never needed to save the life of a mother: a reassuring and authoritative statement when it comes with the significant backing of leading medical professionals.

The Declaration may be signed by obstetricians / gynaecologists, doctors, midwives and nurses, neonatologists and pediatricians and medical students. 
SIGN HERE.

DUBLIN DECLARATION ON MATERNAL HEALTHCARE

«As experienced practitioners and researchers in obstetrics and gynaecology, we affirm that direct abortion

– the purposeful destruction of the unborn child – is not medically necessary to save the life of a woman.

We uphold that there is a fundamental difference between abortion, and necessary medical treatments

that are carried out to save the life of the mother, even if such treatment results in the loss of life of her unborn child.

We confirm that the prohibition of abortion does not affect, in any way, the availability of optimal care to pregnant women.»
  
The Dublin Declaration on Maternal Health was written and signed by a select panel of the Committee on Excellence in Maternal Healthcare, in September 2012.

Since its launch in Dublin at the International Symposium on Maternal Health it has garnered the support of 700 medical professionals - and it now must become a global pro-life document.

Countering the false claim that «abortion saves women's lives» has always been a difficult challenge for the pro-life movement, because of the propaganda of abortion campaigners and media supporters. The Declaration has the power to cut through that propaganda, and will become a globally significant statement with hugely positive consequences for the cause of protecting mothers and babies, if given the right support. The Dublin Declaration promoters seek to promote best-practice care for all women who may experience difficulties in their pregnancies, and wish to further expand the practice of treating illness during pregnancy to allow for a healthy and happy gestational period for both mother and baby.

Our aim is to have the Dublin Declaration launched and supported in every continent and the number of signatories grown to 2000 by end of 2016.

Thanks for signing and spreading the word!!

Kind regards,


Leonor Tamayo


President
Head of International Area

PROFESIONAIS PELA ÉTICA
Tlf: +34 667564590
ltamayo@profesionalesetica...org
www.profesionalesetica.org





domingo, 20 de julho de 2014


As principais medidas propostas

para o IRS em 2015


O governo divulgou as principais medidas propostas na reforma do IRS 2015.

Eis as medidas mais relevantes.

Criação do quociente familiar – a Comissão de Reforma do IRS propõe a criação do quociente familiar (ou seja, divisão, para efeitos de determinação da taxa, do rendimento tributável por um quociente que atende à família no seu todo, incluindo pais e filhos), pelo que as famílias com filhos irão beneficiar de uma redução significativa da taxa de IRS aplicável, mantendo-se a progressividade do imposto, ou seja, dividindo por mais, o rendimento apurado é menor, donde a taxa aplicável desce. [Cada criança contará como 0,3 para o coeficiente contudo a redução à dedução à coleta produzida por esta via será limitada a um máximo que deverá oscilar entre os €1 500 e os €2 000].
  • Opção da tributação separada do casal – a Comissão propõe que a tributação separada do casal seja a regra no IRS, salvaguardando-se, no entanto, a possibilidade de opção pela tributação conjunta, simplificando e reduzindo significativamente as obrigações declarativas dos contribuintes e simplificando também as retenções da fonte em sede de IRS.
  • Criação de vales sociais de educação para filhos até 16 anos – a Comissão propõe que as entidades patronais possam pagar parte dos vencimentos aos seus trabalhadores (categoria A) em vales sociais de educação, excluídos de tributação em IRS. [parece trata-se de uma extensão do já existente. Veja o nosso artigo «O que são os vales infância e ensino e que benefícios fiscais oferecem?»].
  • Venda do imóvel para amortizar empréstimos beneficia de exclusão de tributação das mais valias – a Comissão propõe, de forma transitória (até 2020), a exclusão de tributação dos ganhos (mais valias) obtidos com a venda de casas de habitação própria, quando o valor da venda seja usado no pagamento ou amortização parcial de empréstimos contraídos para a sua aquisição.
  • Alargamento do conceito de dependente para efeitos de tributação da família – a Comissão propõe que sejam considerados dependentes para efeitos de IRS todos os filhos com idade até 25 anos que ainda residem com os seus pais e que ainda não aufiram rendimentos.
  • Apoio ao empreendedorismo individual – a Comissão propõe que todos os trabalhadores por conta de outrem que iniciarem uma actividade económica por conta própria possam beneficiar de uma redução de IRS de 50% no 1.º ano e de 25% no 2.º ano, esta medida também abrangendo os desempregados que iniciem uma actividade económica por conta própria.
  • Apoio à mobilidade geográfica dos trabalhadores no interior do País – a Comissão propõe que seja excluída de tributação a compensação recebida pelos trabalhadores por conta de outrem que aceitem ir trabalhar para uma localidade situada a mais de 100 quilómetros do seu domicílio.
  • Flexibilização do regime simplificado – a Comissão propõe a flexibilização do regime simplificado em IRS, eliminando a necessidade de permanência no regime por 3 anos por parte dos contribuintes que exerçam uma actividade empresarial em nome individual ou prestem serviços introduzidos ajustes pontuais neste regime.
  • Alargamento da dispensa de entrega de declarações – a Comissão propõe o alargamento do regime de dispensa de entrega de declaração de rendimentos a todos os contribuintes que se encontram abrangidos pelo mínimo de existência e que apenas aufiram de rendimentos da categoria A e H, eliminando as obrigações declarativas de mais de 2 milhões de famílias, e obrigando a administração fiscal a emitir uma certidão comprovativa dos rendimentos destes contribuintes (utilizando os dados que já possui), para poder ser utilizada para efeitos de apoios sociais.
  • Criação da declaração simplificada de IRS – a Comissão propõe que todos os contribuintes abrangidas pela tributação separada passem a beneficiar de uma declaração simplificada totalmente pré-preenchida pela administração fiscal e que os contribuintes apenas terão que confirmar, caso concordem, reduzindo significativamente as obrigações declarativas de cerca de 1,7 milhões de famílias. [prevê-se que despesas de saúde, educação e com a habitação passem a corresponder a um desconto fixo no IRS não sendo necessário recolher documentos comprovativos para o efeito. Os peritos apresentam três cenários para os valores a praticar, sempre por indivíduo e não por agregado. No cenário mais favorável o abate por adulto será de € 330,51 descendo para os €321,95 por criança e €294,25 por ascendente. Do cenário escolhido poderá resultar, no global, um pagamento superior ou inferior ao actual em termos de IRS pelo conjunto do agregado familiar. Cada caso, será um caso].
  • Consagração do arrendamento como actividade económica – a Comissão propõe a consagração do arrendamento como actividade económica e, consequentemente, a possibilidade de dedução da maioria dos gastos que sejam efectivamente suportados e pagos pelo contribuinte que aufira rendimentos prediais.
  • Alargamento do incentivo fiscal à poupança – a Comissão propõe o alargamento do regime de tratamento fiscal mais favorável aplicável aos seguros de capitalização a outras formas de poupança com prazos de imobilização equivalentes de 5 e 8 anos (nomeadamente a depósitos a prazo), como forma de incentivar a poupança dos contribuintes individuais.
  • Exclusão de tributação das pensões de sangue pagas a viúvas de militares mortos durante o serviço militar – a Comissão propõe que os montantes pagos a título de pensões de sangue a familiares de militares mortos durante o serviço militar estejam excluídos de tributação em IRS. (…)».