Médico que falha
aborto é condenado a ajudar no sustento da criança até chegar aos 25 anos
Tudo começou, em Abril de 2010, quando uma
mulher decidiu fazer um aborto numa clínica de Palma de Mallorca. Tudo indicava
que a cirurgia tinha corrido bem. Inclusive, durante um exame ginecológico,
feito duas semanas mais tarde, o médico assegurou-lhe que já não estava
grávida.
Este facto foi
desmentido três semanas mais tarde, quando a mulher voltou à mesma clínica por
achar que estava de esperanças outra vez. Por surpresa, a jovem de 22 anos não
só soube que estava à espera de bebé, como descobriu que se tratava do mesmo
bebé que pensava ter tirado.
Entretanto, já se
tinham passado 22 semanas e já não podia interromper a gravidez, uma vez que a
lei espanhola só permite o aborto até à sétima semana de gestação. Resultado: o
bebé acabou mesmo por nascer e tem, neste momento, pouco mais de ano e meio.
A mãe processou o
médico e, numa sentença inédita, o tribunal de Palma de Mallorca condenou-o,
assim como ao hospital e às seguradoras envolvidas, a indemnizar a jovem em 150
mil euros, por danos morais, e ainda a cuidar financeiramente da criança até
que cumpra 25 anos de idade.
Com tudo isto, a
mulher vai receber uma mensalidade de 978 euros para ter meios de cuidar do
filho, durante um quarto de século.
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