Organizações de defesa da
vida e da família no México, Uruguai, Equador, Chile e Estados Unidos,
alertaram sobre o uso ilegal do misoprostol em diversas clínicas para provocar
abortos e acelerar partos, embora este medicamento seja permitido somente para
tratar úlceras gástricas.
Num comunicado, a Fundação
Família e Futuro (Equador), o Instituto de Formação em Valores (México), a
Associação protege a Vida (Uruguai), a Rede pela Vida e a Família e a
Organização Não Governamental Investigação, Formação e Estudos da Mulher
(Chile), e Personhood (Estados Unidos), alertaram que este medicamente é
vendido inclusive sem receita em alguns países, apesar de poder provocar a
morte da mãe e do nascituro.
O texto recordou que a Food
and Drug Administration (FDA) autorizou o uso do misoprostol somente para a
prevenção e tratamento das úlceras gástricas. Entretanto, aumentou o seu uso na
América Latina para induzir abortos no início da gravidez e devido ao seu baixo
custo, algumas clínicas utilizam-o para acelerar partos.
A doutora em ciências
biomédicas pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Alejandra
Huerta, assinalou que entre 10 e 35 por cento dos casos o aborto com
misoprostol não se completa, podendo provocar hemorragias e, por isso, a
necessidade de tirar o que fica do feto por aspiração, agravando o problema de
um aborto induzido.
Entretanto, noutras
ocasiões a gravidez continua, mas provoca altos níveis de intoxicação no bebé que
podem chegar a má formações graves ou a doenças congénitas.