Heduíno Gomes
Sob vários pretextos, de vez em quando lá levamos com o sr. Carlos Cruz num dos canais de televisão.
Se morre um amigo (de carreira!) dele, lá o sr. Carlos Cruz é entrevistado, a chorar, como sabe bem fazer.
Se morre outro amigo (de carreira!) dele, lá o sr. Carlos Cruz é entrevistado, a chorar, como sabe bem fazer.
Se chove na terra dele, lá comenta o temporal.
Se chega a Primavera, lá dá as boas-vindas às andorinhas.
Agora, a pretexto de se falar de um actor, lá aparece o sr. Carlos Cruz no programa 1,2,3. Tanto faz, na RTP ou noutro canal qualquer.
As televisões estarão todas transformadas em «RTP Memória»? Ou estaremos perante uma tentativa de lavagem da imagem do o sr. Carlos Cruz?
Estando o sr. Carlos Cruz a ser julgado por acusação de pedofilia, recomendaria o bom senso, o pudor e o respeito pelas famílias e pelos tribunais que os serviços públicos de televisão, do Estado ou privados, se abstivessem de mostrar tal personagem como herói. Pelo menos, até ouvirmos a sentença, que há-de ser lida depois de serem ouvidas mais as trinta e seis mil quatrocentas e vinte e sete testemunhas que os seus advogados indicaram recentemente. Recomendaria o bom senso, o pudor e o respeito pelas famílias e pelos tribunais... a não ser que motivos subterrâneos existam da parte de quem assim procede.
Independentemente da acusação de pedofilia que pesa sobre o sr. Carlos Cruz, nunca devemos esquecer o seu papel dissolvente dos valores da família, quer como Director de Programas, quer como pivot de programas «recreativos». A memória curta paga-se cara.
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