Jurandir Dias, Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, 13
de Abril de 2017
A empresa americana Target tornou-se alvo, literalmente, de uma
saraivada de críticas nos medias sociais após divulgar num blog,
em Abril de 2016, um anúncio favorável à ideologia de género.
Líderes da American Family Association (AFA) promoveram um boicote à
empresa através de um abaixo assinado com mais de 1,4 milhões de assinaturas.
Também foi criado a hashtag #BoycottTarget onde milhares de pessoas se
manifestaram.
O anúncio da empresa dizia: «Nós convidamos os funcionários transgéneros e clientes a
usar casas de banho ou vestiários que correspondam à sua identidade de género».
«A
política de Target é exactamente como os predadores sexuais têm acesso às suas
vítimas», disse o presidente da AFA, Tim Wildmon, numa carta
aberta. «Isso significa que
um homem pode simplesmente dizer hoje que se sente como uma mulher e entrar nas
casas de banho das mulheres… mesmo que meninas ou mulheres já estejam lá.»[i]
Wildmon insistiu para que as pessoas assinassem a
promessa de boicote, observando que a política da empresa «representa um perigo para as esposas e
filhas». Também pediu que as pessoas eventualmente lesadas se
queixem contra a política da Target, tanto junto da Polícia assim como nas
páginas do Facebook.
A campanha contra a Target, que favorece a ideologia
de género, resultou na queda do valor das suas acções ao nível mais
baixo desde 2014. O preço das acções da empresa e os seus ganhos nunca se
recuperaram desde o anúncio em 2016. De facto, as perspectivas da empresa foram
tão sombrias que, no início deste mês, a empresa fechou abruptamente alguns
importantes projectos com os quais esperava recuperar o mercado retalhista. As
vendas caíram quase 6% nos três trimestres após a publicação do post, comparado com o mesmo período do ano
anterior. No total, os lucros cairam 43%, segundo o site Chicago
Tribune.
O boicote custou à empresa milhões em vendas perdidas e
despesas adicionais. Depois do anúncio, a empresa foi obrigada a gastar
US$20 milhões na instalação de casas de banho individuais em todas as lojas.
«Isto
é o que acontece quando você ignora uma parcela significativa dos seus
clientes», observa o articulista Jim Hoft.
Apesar dos prejuízos, o CEO da Target,
Brian Cornell, numa entrevista à CNBC, insiste: «Nós tomámos uma posição, e vamos continuar a abraçar a
nossa crença de diversidade e inclusão».
Este caso da Target, com as suas
consequências, faz-nos lembrar novamente o famoso ditado francês: «Chassez le naturel, il revient au
galop.» (Cassai o natural, ele voltará a galope). Numa linguagem
popular, dizemos que é o feitiço que se volta contra o feiticeiro.
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