A nova
moda alimentar para pessoas que procuram emagrecimento e benefícios de saúde é
o consumo das sementes de chia (Salvia hispanica).
Com propriedades nutritivas, possuindo cálcio, ómega 3, magnésio, manganês, fibras, antioxidantes, capazes de ajudar na desintoxicação, diminuição da ansiedade, do stress, dos níveis de colesterol e triglicéridos, retardar o envelhecimento, fortalecer os músculos e prevenir doenças cardiovasculares, a semente surgiu como um verdadeiro «milagre» para a saúde. Parece algo incrível, mas, é preciso tomar muito cuidado com o seu consumo.
Por
reter grandes quantidades de água, o seu peso pode expandir-se 7 vezes mais!
Isso já levou muitos consumidores assíduos de chia aos hospitais.
Porém,
o maior perigo é quando a semente seca é ingerida, podendo inclusive causar
risco de vida às pessoas.
Nos
EUA, um homem de 39 anos consumiu apenas uma colher de chia seca e depois bebeu água.
Foi parar ao hospital, pois o grão, em contacto com a água, expandiu e obstruiu o seu esófago.
Isso
bloqueou o seu aparelho digestivo, dificultando inclusive a sua respiração. Por
pouco, o acidente não lhe custou a vida. Segundo a norte-americana Nina
Manolson, consultora de saúde, se a semente não for depositada em algum líquido
antes do consumo, para que possa expandir o suficiente com a retenção do
líquido, ao entrar em contacto com o líquido no interior do organismo, uma
oclusão pode ocorrer.
Um estudo feito pela médica Rebeca Rawl, chamado «O Impacto da Semente de Chia no Esófago», explica que o consumo de chias secas não deve ser feito, de maneira alguma, sem antes consultar um médico, por vários motivos.
Entre
eles, existem grupos de risco, como os hipertensos (principalmente os
medicados), pois a semente reduz a tensão arterial, causando hipotensão; os
hipotensos, que, segundo um estudo do Hospital St. Michael’s, em Toronto, no
Canadá, podem sentir dor de cabeça, cansaço e sono em excesso, por causa da
redução da pressão arterial; pessoas que tomam anticoagulantes, por causa do ómega
3 da chia, que, potencializa o efeito da medicação; hemofílicos, podendo ter
hemorragias e hematomas pelo corpo; diabéticos, que, combinando com a insulina,
intensifica a redução do açúcar no sangue; pessoas que foram operadas ao
aparelho digestivo, por intensificar as actividades locais; e, por fim, pessoas
com diarreia, pelo mesmo motivo.
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