Petição «31 Maio – Dia dos Irmãos – Instituição»
À Presidente do Parlamento Português
Ao Presidente do Parlamento Europeu e ao
Presidente da Comissão Europeia
À Coordenação do Programa de Família das
Nações Unidas
«Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão.
Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.»
A vida vai-se construindo em torno de afectos, acontecimentos, aprendizagens, compromissos, ideias, e tantas outras coisas.
O calendário assinala datas, efemérides, memórias. Por isso se destacam dias especiais, para celebrar o que é mais importante.
Os irmãos são os nossos mais próximos. Crescemos com eles, na família, numa teia de cumplicidades e vivências comuns. O que vivemos entre irmãos é único, irrepetível, molda a nossa vida para sempre.
Por isso se torna tão importante assinalar um dia dedicado aos irmãos, à relação entre irmãos.
É o que propomos. A criação do Dia dos Irmãos. Quer em família, quer socialmente, essa é a maneira de mantermos sempre presente, fortalecermos e festejarmos o que, de tão importante, acontece entre irmãos:
• O crescer juntos.
• As aventuras.
• As descobertas.
• A solidariedade.
• A proximidade.
• A cumplicidade.
• A identidade que é diferença.
• A diversidade.
• A entreajuda, a cooperação e a divisão de tarefas.
• A alegria e a tristeza.
• As emoções, boas e más.
• A tolerância.
• A reconciliação.
• A partilha.
• As histórias, raízes e memória.
Quem tem a felicidade de ter irmãos, conhece bem o significado desta pertença.
O recentemente falecido fundador e presidente da APFN – Associação Portuguesa das Famílias Numerosas e também fundador e presidente da ELFAC – Confederação Europeia de Famílias Numerosas é autor de uma frase que marca o espírito desta iniciativa e celebração: «Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão. Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.»
O mundo em que vivemos parece esquecer ou desvalorizar esta verdade. A instituição do Dia dos Irmãos pretende assinalar o que de mais feliz podemos ser: irmãos.
Propomos o dia 31 de Maio para Dia dos Irmãos.
Porquê?
Um Dia dos Irmãos é uma festa familiar por excelência – é uma calorosa celebração familiar na sua horizontalidade e, no sentido exacto da palavra, fraternidade. Ora, o mês de Maio é um mês onde se assinalam algumas celebrações familiares, como o Dia da Mãe (em Portugal, no 1.º Domingo de Maio) e o Dia Internacional da Família, declarado e instituído a 15 de Maio por uma deliberação da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1992.
Encerrar o mês, no dia 31 de Maio, com a festa do Dia dos Irmãos é fechar o mês com chave de ouro, exaltando uma das mais fortes relações de geração e sustentação familiares.
Por outro lado, no dia seguinte, a 1 de Junho, festeja-se em muitos países, como em Portugal, o Dia Mundial da Criança. Ora, a celebração, na véspera, do Dia dos Irmãos proporciona, por coincidência, uma sequência bem feliz e inspiradora à luz da frase emblema do dia:
«Se queres ver uma criança feliz, dá-lhe um irmão.
Se queres ver uma criança muito feliz, dá-lhe muitos irmãos.»
É
como se, colectivamente, na véspera do dia das crianças, lhes assinalássemos a
felicidade de terem ou virem a ter irmãos.
Além
do valor social da celebração da fraternidade e da solidariedade familiar, a
instituição desta data tem ainda um valor cívico acrescido num tempo tanto em
Portugal, como na Europa a sociedade e os cidadãos despertam cada vez mais para
a crise e o problema da natalidade.
Assim,
os subscritores da presente petição apelam para que delibere o seguinte:
É
INSTITUÍDA A CELEBRAÇÃO DO DIA DOS IRMÃOS, QUE SE COMEMORA ANUALMENTE EM 31 DE
MAIO.
Lisboa,
27 de Maio de 2014
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