Era uma vez uma mulher
que morava numa casinha modesta ao pé de uma montanha onde havia uma grande
floresta. Tinha um filho que amava
muito.
No Verão, a mulher
levou o filho para colher frutas que havia na floresta. Subiram a montanha e
chegaram a um lugar cheio das maiores, mais vermelhas e mais saborosas frutas que
já tinham visto.
Colheram as que
conseguiram. Mas logo que a mulher encheu a cesta, viu abrir-se a porta de uma
grande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão. Escutou
então uma voz grandiosa que lhe dizia:
- Entre, boa mulher -
disse – e leve todo o ouro conseguir carregar de uma só vez, até que oiça o
barulho de um sino.
A mulher entrou na
caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro e pôs
no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o
filho, pegou em mais dois punhados de moedas e, ao escutar a batida do sino, saiu
a correr da caverna.
No mesmo instante
ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:
- Mulher infeliz!
Perdeu o seu filho até o próximo Verão!
A porta da caverna fechou-se
e a criança ficou presa lá dentro. A pobre mulher torceu as mãos desesperada,
chorou e implorou, mas não adiantou, e foi para casa sem o filho. Voltou todos os
dias ao local, mas a porta nunca se abriu e ela não conseguiu mais encontrar a
caverna.
No ano seguinte, no
primeiro dia do Verão, ela acordou bem cedo e foi rapidamente ao local.
Ao chegar encontrou a
porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão, e ao lado estava o seu filho
num sono profundo. Escutou então a voz que lhe disse:
- Entre, boa mulher, e leve todo o ouro puder
carregar de uma só vez.
A mulher entrou na
caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho e tomou-o nos braços.
A voz então disse-lhe:
- Boa mulher, leve o
menino para casa. Ele foi-lhe devolvido, pois agora o seu amor é maior que a
cobiça.
Fonte: autor desconhecido
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