A Santa Sé veio esta sexta-feira à noite confirmar que Bento XVI expulsou 400 padres do sacerdócio em 2011
e 2012 por abusos a menores.
Os dados que a agência Associated Press revelou dizem respeito aos anos de 2011
e 2012 e terão sido coligidos no âmbito da sessão de quinta-feira, em Genebra,
em que um representante da Santa Sé teve de responder perante uma comissão das
Nações Unidas dando conta do que a Igreja tem feito para combater os abusos
sexuais sobre menores no seio da Igreja.
Durante a sessão, o arcebispo maltês Charles Scicluna defendeu que a Santa Sé
não pode ser responsabilizada por más práticas nas dioceses e paróquias
individuais, explicou o que tem sido feito para melhorar a conduta quando
existem suspeitas de abusos e reafirmou que houve erros e que é preciso
melhorar a resposta a estas situações.
Bento XVI tomou muitas medidas neste sentido, incluindo alterações na forma
como os processos de laicização de sacerdotes abusadores são tratados,
permitindo a sua aceleração. Segundo a
teologia católica, um sacerdote nunca deixa de o ser, mas a laicização impede-o de exercer qualquer função de
padre.
Esta é a primeira vez que são conhecidos números reais a este respeito e
confirmam o esforço feito durante o pontificado de Bento XVI para reformar a
actuação da Igreja nesta área.
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