No meio da polémica pelo
restabelecimento do veto às doações de sangue dos invertidos na Rússia, o Dr.
José María Simón Castellví, presidente da Federação Internacional das
Associações Médicas Católicas (FIAMC), referiu que «para o seu próprio bem e para
o bem dos receptores de sangue, é prudente que não sejam dadores» os invertidos.
As autoridades governamentais
da Rússia, que permitiram as doações de sangue por parte dos invertidos desde
2008, anunciaram recentemente que estão avaliando reverter esta decisão, depois
de revelar que 65 por cento de infectados com o vírus da imunodeficiência
humana (HIV) são invertidos.
O Dr. Simón Castellví
explicou que «muitas pessoas não podem ser dadores de sangue por vários motivos:
por anemia, menores de idade e por doenças diversas. Para o seu próprio bem e para
o bem dos que recebem o sangue».
De forma similar, indicou, «um
actor porno não pode doar sangue, mesmo que faça o controle com exames
regulares», também não pode ser dador «um jovem que tem relações sexuais
variadas».
«Os invertidos têm mais
facilidade em adquirir o vírus da AIDS e muitos outros vírus ou organismos. Para
o bem deles e para o bem dos receptores de sangue, é prudente que não sejam
dadores», assinalou.
O médico espanhol indicou
que «a relação sexual rectal tem os seus perigos, já que a natureza não
preparou o ânus ou o recto para o sexo».
Entretanto, se uma pessoa invertida
deseja exercer a caridade, recomendou o presidente do FIAMC, pode fazê-lo «dando
dinheiro, comida ou carinho a um pobre».
As declarações do Dr. Simón
Castellví estão sustentadas em estudos científicos, como os dos Centros para o
Controle de Doenças (CDC), organismo governamental de investigação para a saúde
dos Estados Unidos.
De acordo com os CDC, «os invertidos,
bissexuais e outros homens que têm sexo com homens são os mais severamente afectados
pelo HIV que qualquer outro grupo nos Estados Unidos».
Na sua «folha de factos», os
CDC assinalam que «em 2010, os homens que têm sexo com homens somaram 63 por
cento de novas infecções do HIV estimadas nos Estados Unidos, e 78 por cento de
infecções entre todos os novos homens infectados. Comparados com outros grupos
de transmissão, os homens que têm sexo com homens somam o maior número de novas
infecções do HIV em 2010».
A Food and Drug
Administration (FDA), organismo governamental dos Estados Unidos que controla
os medicamentos e alimentos deste país, explicou a restrição de doar sangue a
homens invertidos porque a sua «principal responsabilidade quanto ao sangue e
aos produtos para o sangue é assegurar a segurança dos pacientes que recebem
estes produtos que salvam as suas vidas».
A FDA desmentiu que a
política de restringir as doações de sangue de homens invertidos seja
discriminatória, explicando que está baseada «no elevado risco documentado de
certas infecções que se transmitem através do sangue, tais como o HIV,
associadas com as relações sexuais entre homens, e não está baseada em nenhum
julgamento com respeito à orientação sexual do dador».
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