Centenas
de milhares de pessoas reuniram-se este domingo em Paris para uma manifestação
contra a equiparação ao matrimónio das uniões entre invertidos.
A
chamada «Manifestação para todos», promovida por comunidades religiosas e
movimentos da sociedade civil, surgiu como forma de oposição ao projecto de lei
apresentado pelo executivo do socialista François Hollande, chamado «Casamento
para todos», que pretende legalizar o casamento e a adopção por invertidos e
deve começar a ser analisado pelo Parlamento francês a partir do dia 29 de
Janeiro.
Sob
o lema «Nascemos de um homem e de uma mulher», a manifestação na capital
francesa é apresentada pelo portal de notícias do Vaticano como uma «batalha
civilizacional em defesa da célula fundamental da sociedade».
O
arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois, marcou presença no final da
iniciativa para manifestar o seu encorajamento aos organizadores.
O
presidente do Conselho Pontifício da Família (Santa Sé), D. Vincenzo Paglia,
elogiou o empenho do episcopado francês nesta causa para «fazer entender que o
matrimónio e a família não são uma realidade de alguém, mas da humanidade».
«A
igualdade é uma coisa, o respeito pela diversidade é outra, porque para se
chegar a uma igualdade robusta é necessário respeitar a diferença com críticas
à ideologia de género».
O
arcebispo italiano sustenta que, após a legalização do casamento e da adopção
por pessoas do mesmo sexo «tudo se torna possível» em termos de definição do
matrimónio.
«Se a medida for o ‘eu’ e a satisfação de todos os seus desejos, fica claro que tudo pode acontecer e, portanto, temos a destruição da civilização».
O
porta-voz da Conferência Episcopal Francesa, D. Bernard Podvin, disse estar
confiante no bom senso da opinião pública, nestas matérias e apela ao
testemunho dos católicos.
«Os tempos são difíceis, temos de testemunhar uma esperança e recordar à nossa sociedade que, no futuro, será muito mais frágil e terá que estar muito atenta aos seus valores fundamentais».
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«Os tempos são difíceis, temos de testemunhar uma esperança e recordar à nossa sociedade que, no futuro, será muito mais frágil e terá que estar muito atenta aos seus valores fundamentais».
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