terça-feira, 15 de janeiro de 2013

França: centena de milhares
em manifestação contra «casamento»
entre invertidos


Centenas de milhares de pessoas reuniram-se este domingo em Paris para uma manifestação contra a equiparação ao matrimónio das uniões entre invertidos.

A chamada «Manifestação para todos», promovida por comunidades religiosas e movimentos da sociedade civil, surgiu como forma de oposição ao projecto de lei apresentado pelo executivo do socialista François Hollande, chamado «Casamento para todos», que pretende legalizar o casamento e a adopção por invertidos e deve começar a ser analisado pelo Parlamento francês a partir do dia 29 de Janeiro.

Sob o lema «Nascemos de um homem e de uma mulher», a manifestação na capital francesa é apresentada pelo portal de notícias do Vaticano como uma «batalha civilizacional em defesa da célula fundamental da sociedade».

O arcebispo de Paris, cardeal André Vingt-Trois, marcou presença no final da iniciativa para manifestar o seu encorajamento aos organizadores.

O presidente do Conselho Pontifício da Família (Santa Sé), D. Vincenzo Paglia, elogiou o empenho do episcopado francês nesta causa para «fazer entender que o matrimónio e a família não são uma realidade de alguém, mas da humanidade».

«A igualdade é uma coisa, o respeito pela diversidade é outra, porque para se chegar a uma igualdade robusta é necessário respeitar a diferença com críticas à ideologia de género».

O arcebispo italiano sustenta que, após a legalização do casamento e da adopção por pessoas do mesmo sexo «tudo se torna possível» em termos de definição do matrimónio.

«Se a medida for o ‘eu’ e a satisfação de todos os seus desejos, fica claro que tudo pode acontecer e, portanto, temos a destruição da civilização».

O porta-voz da Conferência Episcopal Francesa, D. Bernard Podvin, disse estar confiante no bom senso da opinião pública, nestas matérias e apela ao testemunho dos católicos.

«Os tempos são difíceis, temos de testemunhar uma esperança e recordar à nossa sociedade que, no futuro, será muito mais frágil e terá que estar muito atenta aos seus valores fundamentais».


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