As organizações pro-vida francesas condenaram a manipulação do primeiro "bebé-remédio" do país, concebido através da fertilização in vitro e a selecção genética, e cujo destino é curar o seu irmão mais velho.
O pequeno Umut Talha, cujo nome em turco significa esperança, nasceu há poucos dias com o peso de 3,650 quilogramas no Hospital Antoine Béclère em Paris. Foi "desenhado" para curar um dos seus irmãos de uma enfermidade genética grave, a beta talassemia, que causa a anemia e exige repetidas transfusões de sangue.
O bebé nasceu de um duplo diagnóstico genético pré-implantacional que permite a selecção dos embriões -- incluindo o aborto dos que os especialistas considerem "não aptos" -- para que o bebé nasça sem a enfermidade e possa converter-se em doador compatível para seus irmãos.
No futuro, através das células extraídas do cordão umbilical de Umut Talha, será possível realizar o transplante que permitiria a cura do irmão maior.
De facto, curar um irmão por humanidade honra o homem e acompanhar no sofrimento os pais que têm um filho gravemente doente é um dever da sociedade. Compreendendo a tristeza dos pais e a sua esperança na medicina, o problema é que a técnica supõe a eliminação de seres humanos em estado embrionário, tanto fora como dentro do ventre materno, implicando vários abortos em cada processo. Eis a essência do problema.
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